O que fazer se eu for vítima de um crime eletrônico? – Sites falsos

A internet não é uma terra sem lei ou um mudo paralelo, visto que os crimes que aconteciam na vida real migraram apenas de ambiente, criando oportunidades para pessoas mal-intencionadas.
O advogado Diego Peixoto, especialista em Direito Eletrônico, apresenta algumas dicas para quem deseja evitar os golpes ou crimes virtuais, em uma série de publicações em sete partes semanais.

O tema de hoje é o terceiro da série e fala sobre PHISHING e SITES FALSOS.

• Como funciona o golpe?

O crime consiste em enganar as pessoas para que compartilhem informações confidenciais, como senhas e número de cartões de crédito, por meio de diversas formas de “fisgar” a vítima, como em uma pescaria.
Usualmente enviam e-mail ou mensagem, se passando por uma pessoa conhecida, bancos ou autoridades, induzindo para o clique em um link (URL), que lhe direciona para um site falso, exigindo uma ação imediata sob pena de consequência ( p.ex. vírus, perda de um prêmio, pagamento de multa ou processo).
A partir desse momento, o usuário é direcionado a digitar o seu login e senha de seu banco neste site falso, ou mesmo seus números do cartão de crédito ou dados pessoais, que são enviados imediatamente para os golpistas.
Com tais informações, as contas bancárias são acessadas para realização de transferências, cartões são usados para compras e os dados são repassados para pessoas má intencionadas.
Outra modalidade consiste na criação de sites falsos de compras, imitando sites famosos, enviando promoções com valores muito abaixo do mercado, induzindo o consumidor a realizar a compra, cujos valores serão repassados aos criminosos e nenhum produto será entregue.


Como evitar?

Na maioria dos casos, os golpistas trabalham como a ingenuidade combinada com a ganância das vítimas. Assim, tome cuidado com mensagens de desconhecidos, oferecendo vantagens desproporcionais, pedindo atualização de dados ou sob ameaças de multas ou processos.

Verifique o remetente do e-mail ou mensagem e compare com os termos originais, desconfiando da inclusão de muitos links e erros de português.

Verifique o endereço URL do site que estiver acessando na barra de endereço do navegador e verifique se há o símbolo de conexão segura à esquerda (um cadeado).

Por exemplo, o endereço do Banco do Brasil é: https://www.bancobrasil.com.br Todavia, você pode receber uma mensagem para atualizar sua conta e clicar em um link malicioso que lhe direciona para https://atualizarconta.com

Procure na internet informações sobre a reputação de sites de vendas (p.ex. Reclame Aqui ou mesmo no Procon).

Prefira digitar o endereço URL no navegador do que clicar nas primeiras posições da pesquisa, evitando indução em termos errôneos como: www.amercanas.com.br, quando o correto é www.americanas.com.br, verificando.

Caso tenha sido vítima, guarde copias dos sites falsos (“printscreens”), anote os endereços (www…), boletos, mensagens e e-mails trocados e busque o auxílio de um advogado especialista em Direito Eletrônico ou realize um Boletim de Ocorrência, por meio dos meios digitais atualmente disponibilizados pela Policia Civil.

Nas semanas anteriores, falamos sobre clonagem de Whatsapp e o golpe do boleto falso.

3 thoughts on “O que fazer se eu for vítima de um crime eletrônico? – Sites falsos

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Artistas empreendedores transformam a cidade com espaços independentes de artes Pontos Turísticos de Itu Rodeio Itu Parque Maeda Trem Republicano Itu – Salto