Aluna de circo da Nósmesmos se apresenta no Circo Las Vegas

Manuela Helena Javorka Pellegrini de Gois, de 12 anos, fez uma apresentação em tecido vertical

A pequena Manuela Helena Javorka Pellegrini, de 12 anos, realizou um dos seus sonhos: se apresentar num circo. Bisneta de circenses, a Manu, como é carinhosamente chamada pelos pais, faz aula de circo na Escola de Artes Nósmesmos há pelo menos um ano, e teve a chance de se apresentar no circo Las Vegas, que estava no munícipio, com um número de tecido vertical.

A oportunidade veio quando ela e sua família foram assistir a uma das apresentações. “Desde pequena sempre amei a arte em geral e um dos meus sonhos era se apresentar num circo”, conta Manuela.

Após o espetáculo Manu quis conversar com os responsáveis, pois segundo ela, assistindo as apresentações dos artistas surgiu uma vontade imensa de estar naquele palco. “Foi quando eu e minha mãe conseguimos falar com um dos responsáveis do Las Vegas. Ali contei a minha história, falei sobre a minha paixão pelo circo, das aulas que faço e que eu gostaria muito de me apresentar no palco deles”, disse.

Foi quando o circo a propôs fazer um teste. “Eu estava muito nervosa, mas mesmo assim eles gostaram e me convidaram para fazer o número de tecido vertical. Fiquei muito feliz com isso!”.

Apresentação

Para a alegria de Manu, o palco foi preparado para recebê-la. “A ansiedade era tanta que a apresentação ia ser às 20h, mas era meio-dia e eu já estava pronta”, conta.

Ela ainda disse que no dia estava muito nervosa e que até pensou em desistir, mas a sua paixão pela arte e pelo circo falou mais alto. Mesmo diante do nervosismo, Manuela subiu ao palco e fez o seu show. “Pra mim foi mágico, foi a melhor coisa que fiz na minha vida e faria isso todos os dias”.

Para a mãe, Renata Javorka de Gois, o orgulho só aumenta diante de uma filha tão determinada. “Fiquei tão feliz pela atitude dela e pela coragem. Ela que teve a iniciativa de querer se apresentar no circo e o Las Vegas abraçou e realizou o sonho dela”.

Circo no sangue

Neto de circense, o pai de Manuela, David Góis, conta que seu avô tinha um circo chamado Sudã, de Campinas, e que iniciou os trabalhos nos anos 30. Com ele, todos os familiares se tornaram artistas de circo e se apresentavam em diversas cidades da região.

“Em uma dessas paradas o meu avô conheceu a minha vó, se apaixonaram e ela decidiu ir embora e viver no circo”, conta.

Ele conta que seu avô era palhaço, tocava vilão e fazia encenações como a Paixão de Cristo. Já sua avó fazia força capilar. “Ela ficava no cavalo, amarrava uma corda e ficava girando”, disse.

Suas tias eram contorcionistas e seu pai, com apenas 3 anos, não seguiu carreira no circo. “Meu avô morreu muito jovem, com 29 anos, e com isso minha avó deixou o circo”, conta. “Atualmente ninguém da família é circense. Só minha filha que tem essa paixão”, finaliza.

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