Barragem do Piraí: Ibama exige preservação de saguis para liberar licenças
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) negou autorizações para a retirada de árvores de uma área verde para obras da Barragem do Piraí, que abrange as cidades de Indaiatuba, Salto, Itu e Cabreúva.
Conforme o Jornal de Itu divulgou, a equipe técnica esteve na área em setembro e identificou, entre outras espécies, o sagui Callithrix aurita, e exigiu – antes de liberar a continuidade das obras -, ações para a preservação da espécie.
O Ibama exigiu que o plano de trabalho identifique os grupos de saguis, que haja a manutenção da espécie e um trabalho de educação ambiental. As equipes da obra, então, iniciaram o monitoramento das áreas e protocolou na Cetesb um plano de trabalho para atender às exigências e poder prosseguir com a obra.
A represa tem a previsão de capacidade de 450 metros e profundidade de 15 metros. Além de um espelho d´água de 1.823.960 m², área de Preservação Ambiental (APP) de 1.617.250 m², somando uma área total de 3.441.210 m². Já a Travessia tem uma extensão de 370 metros e a altura de 9,5 metros e o dique com uma extensão de 700 metros e a altura de 9,5 metros.
Tanto o prefeito eleito em Salto, Geraldo Garcia, quanto o prefeito eleito de Itu, Herculano Passos, veem na obra, que deve ainda demorar muitos anos para ficar pronta, a solução para a crise hídrica nas duas cidades.
Devido à exigência do Ibama, as obras foram suspensas por, no máximo, quatro meses a partir de dezembro, e no período de setembro a novembro, pouco avançaram (fotos abaixo). Segundo os responsáveis, a expectativa é obter a autorização nos próximos meses para acelerar o ritmo.
(Informações: Jornal de Salto)