Cabaninha comemora 75 anos de prática da caridade e ensino do espiritismo

 A Associação Espírita Cabaninha de Antonio de Aquino, mais conhecida simplesmente como Cabaninha, completa 75 anos neste mês de dezembro.

 Foi em 25 de dezembro, Natal de 1948, que o casal Fiore e Valéria Amantéa (foto abaixo) começou uma ação solidária na Rua Benjamin Constant, no centro de Itu, então residência do casal: o Natal dos Pobres.

A casa se expandiu para a Rua Santa Rita, e passou a abrigar não só o centro espírita, mas também o orfanato “O Lar de Jesus – O Sol dos Sóis”, que abrigou por mais de 20 anos crianças órfãs, e foi extinto apenas em 2002. Teve também um ambulatório para as pessoas mais humildes da cidade. Abaixo, foto de fila durante o Natal dos Pobres, evento beneficente.

A Cabaninha foi reconhecida de Utilidade Pública Municipal e Estadual, pelo intenso trabalho de assistência social que desenvolveu junto à comunidade ituana. Seus fundadores, Fiore e Valéria receberam o título de cidadãos ituanos pelo seu trabalho em prol da caridade e atualmente a Câmara Municipal tem uma medalha e diploma Fiore Amantea  para homenagear entidades espiritas relevantes do município.

A instituição trilha um longo caminho, e mesmo após a morte do casal, na década de 90, continuou sua trajetória de prática no evangelho, com caridade e amor, seja através das ações de caridade ou da prática e ensino do Evangelho, sob a luz do Espiritismo. Recebeu, diversas vezes, o palestrante Divaldo Franco (foto abaixo), considerado uma das lideranças espíritas mais relevantes do país.

Atualmente, mantém diversas atividades religiosas e filantrópicas, como reuniões mediúnicas, palestras espíritas e cursos de espiritismo, e assistência a famílias necessitadas, com fornecimento de alimentos, roupas, material de higiene pessoal, enxovais de bebês, orientação social e acolhimento espiritual.

Palestras e contato

Localizado na Rua Benjamin Constant, 144, o centro tem palestras às terças, às 14h30; quintas às 20h; e domingos às 09h, que são transmitidas ao vivo pelo Youtube e também ficam gravadas no canal:  https://www.youtube.com/c/CABANINHAITU

Para comemorar o jubileu de 75 anos, o local terá eventos durante todo o mês. A programação completa das festividades pode ser conferida no perfil das redes sociais:

Facebook: https://www.facebook.com/cabaninhaitu/?locale=pt_BR

Instagram: https://www.instagram.com/cabaninha_itu/

 O contato da Cabaninha é (11) 99246-3560.

Na foto, a atual diretoria:  Sentado da esquerda para a direita: Ana Carolina Clauss – primeira secretária, João Roberto Barbieri  Villa. – Conselho fiscal. Salomão de Oliveira – Presidente, Adão Murça – Conselho fiscal. Em pé da esquerda para a direita: Marcos Horvath – Diretor Administrativo, Robson Luis Perina – Diretor de doutrina, Murilo de Moraes Tuvani – Vice-presidente, e José do Carmo Rodrigues – Segundo Secretário.

Filhos

José do Carmo Rodrigues, conhecido como Zezinho, é filho adotivo do casal. Seus irmãos, Nelson e Newton, já faleceram. O outro irmão, conhecido por escrever sobre o espiritismo em jornais da cidade, Cyro Amantéa, 87 anos, hoje vive afastado por questões de saúde.

“Sou muito grato por eles terem me adotado, após meus pais falecerem. Fui criado realmente como um filho, e  muito bem recebido pelos meus irmãos. Sou a prova viva do quanto o amor deles foi transformador”, diz Zezinho, que vive atualmente em São Paulo mas acompanha os trabalhos na Cabaninha. 

Por que Cabaninha?

Seus fundadores nasceram na cidade de Taquaritinga, Estado de São Paulo, Fiore Amantéa, em 1908 e Valéria Amantéa, em 1913. Fiore, ainda adolescente, foi morar com seu irmão, Paschoal no Rio de Janeiro, para estudar e buscar um futuro mais promissor.

 Lá prestou o Serviço Militar e progrediu até a divisa de Sargento do Exército, chegando a oficial no decorrer da carreira. Fiore e Valéria casaram-se em 1936.

 Nessa época, eclodiu a 2a Grande Guerra e Amantéa foi designado para servir em Natal, Rio Grande do Norte. Embora católico fervoroso, lá, conheceu e passou a frequentar reuniões espíritas, simpatizando, desde logo, com o ambiente e com a paz que a frequência ao Centro lhe propiciava.

Foi lá, que a ligação com seu mentor espiritual começou a se estreitar e Amantéa já recebia dele diversas mensagens escritas.           Terminada a guerra, retornou para o Rio de Janeiro onde foi frequentar a Cabana de Antonio de Aquino, Centro Espírita dirigido por Pedrita Valente, no bairro do Maracanã. Por força do serviço, posteriormente, foi transferido várias vezes, até ser lotado no 4o RAM, em Itu.

Desde logo fez contato com espíritas da cidade e decidiu fundar um Centro Espírita. Como um preito de gratidão pela orientação e ajuda que recebeu na Cabana e por intuição espiritual decidiu dar o nome de Cabaninha (pequena cabana) ao novo Centro.