Cineclube de Itu fará exibição e debate de documentário ‘Minha fortaleza, os filhos de fulano’

O Cineclube de Itu promove a exibição do documentário ‘Minha Fortaleza, os filhos de fulano’ seguida pelo bate-papo online nesta sexta-feira, dia 25 de junho.

A obra documental dirigida por Tatiana Lohmann convive com três famílias afetadas pela falta de pai na Vila Flávia, periferia de SP, onde a mãe solitária adquire, principalmente aos olhos dos filhos homens, aura de santa guerreira, cultuada nos corpos tatuados e nos muros grafitados. O filme, destaque no Festival do Rio em 2019, teve a sua première internacional no American Black Film Festival (ABFF) em 2020 e entrou em cartaz no Cine Petra Belas Artes em fevereiro de 2021.

O link do documentário será compartilhado no dia 24 de junho, através da inscrição do formulário disponível em https://forms.gle/A3pNWRML2t1FcyHa7, e o bate-papo será realizado no canal de youtube do Cineclube de Itu no dia 25 de junho às 20h, com a presença da militante do Coletivo Juntas Michelle Duarte de Itu, do membro do projeto social Vozes Mateus Raj de Porto Feliz, do integrante do Sarau ComplexCidade Vini Alceu de Indaiatuba e do membro do Movimento Popular Maria Geruncia de Jesus Fábio Corvo de Porto Feliz, com a mediação de Pedro Pezzo de Salto.

Em um país onde, segundo o IBGE, 12 milhões de mães chefiam casas sozinhas, 57% delas vivendo abaixo da pobreza, o filme nos faz refletir sobre masculinidade, machismo, abandono parental e mães solo, a partir de uma narrativa sensível, incisiva e emocionante.

A falta de pai dentro de casa é condição comum no Brasil e o número de famílias chefiadas por mulheres vem crescendo exponencialmente no Brasil. Nas periferias dos centros urbanos estes números são maiores, seja porque os homens rejeitam a paternidade, seja porque estão presos ou mortos.

É sobre um quadrilátero de quarteirões, a Vila Flávia, umas das inúmeras periferias pobres e violentas, solidárias e criativas, que o filme se debruça, observando em três famílias as relações entre mãe e filho criado sem pai – num momento em que estes filhos já são pais também e procuram não repetir os mesmos erros. Eles louvam suas mães. Sozinhas, elas se mostram como talvez poucos as tenham visto.

Segundo a diretora Tatiana Lohmann, o objetivo do filme sempre foi falar a língua das periferias que ele aborda, buscando garantir que os e as personagens se sentissem representados e que as questões relacionadas à ausência do pai e a consequente idealização da mãe pudessem provocar identidade e reflexão.

Trailer: https://vimeo.com/449064272

Fotos e Poster: https://drive.google.com/drive/folders/1MHyp_1iJpl5-huUMcSqdyrmqT-H93m_Y?usp=sharing

YouTube Cineclube de Itu: https://www.youtube.com/channel/UCPPoCOEb8VMKs197CqpwSIA

SINOPSE

“Minha Fortaleza, os filhos de fulano” se passa na Vila Flávia, periferia de São Paulo, onde os muros grafitados imprimem um ícone soberano: a mãe negra protegendo os filhos. Três famílias marcadas pela ausência do pai: Nêgo leva tatuado no peito o retrato de D Edith. Fernando tatuou a Virgem Maria nas costas em homenagem à mãe, D. Vera. Barão cumpre pena há 8 anos e amarga a dor de fazer sofrer D. Fátima. Em lares sem pai, na quebrada esquecida pelo estado, a mãe solitária adquire aura de santa guerreira, um papel que elas talvez não tivessem escolhido para si.

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