CIS apresenta balanço de gastos com R$ 1,5 milhão em propaganda e maior parte de serviços terceirizados

A Companhia Ituana de Saneamento (CIS) apresentou os números dos primeiros quatro meses do ano em audiência pública na Câmara de Vereadores na sexta-feira (27). Representaram a entidade o superintendente, Reginaldo Santos, e o contador, Alexandre Benedetti. Neste período, de acordo com o relatório apresentado, foram arrecadados mais de R$ 9 milhões em tarifas de consumo de água e mais de R$ 7 milhões em tarifa de esgoto, o equivalente a 25% do que está previsto para a arrecadação do ano. Ao todo, entre outros serviços, o montante que a CIS recebeu até abril foi de R$ 66,7 milhões.

Entre as despesas previstas, um total de R$ 55 milhões, nos primeiros quatro meses foram pagos R$ 18, 6 milhões. Vencimentos, salários e encargos sociais somam quase R$ 2 milhões. A maior parte dos gastos é de outros serviços feitos por Pessoa Jurídica (PJ), o equivalente a R$ 14 milhões no período, mas com previsão de R$ 48 milhões neste ano. Outro ponto abordado foi o gasto com propaganda em publicidade. Há o empenho (planejamento) de se gastar R$ 1,5 milhão com isso, sendo que R$ 536 mil foram pagos entre janeiro e abril.

O vereador Galvão falou sobre isso. “A gente sabe que infelizmente boa parte dessa publicidade vai para o basquete e não para o futebol down. Já que a CIS quer manter este tipo de publicidade. Por mais que eu apoie o esporte, não vejo um retorno no basquete, vejo no down. A gente tem uma impressão que é utilizado como apoio para justificar os investimentos”, diz.

Ortiz também criticou. “É marca registrada no governo Guilherme Gazzola um valor abusivo na publicidade e propaganda. Tem algo aí e um dia e vou descobrir. Colocar conscientização de economia de água por R$ 1,5 milhão, a gente está vendo que precisa fazer empréstimo para fazer reservatório de água, isso é uma vergonha onde se falta água”, disse. Ele ainda citou o fato de um secretário do Governo ser presidente do Ituano Clube que recebe esses aportes. “E a ONG que a Patricia da Aspa faz parte teve o subsídio cortado. E era R$ 5 mil por mês para ajudar os animais”, comparou.

Incidente no Éden

Ortiz também relembrou a manifestação dos moradores do Portal do Éden pela falta de água. “Eu fui intermediar”, disse e ouviu a explicação do superintendente, que justificou a ação de não deixar o vereador entrar nas dependências na CIS naquela noite. “Havia risco iminente de agressão física e eu não poderia colocar em risco os funcionários da CIS”, disse.

“Se houvesse risco de agressão, eu teria sido agredido”, respondeu Ortiz, que exibiu uma carteirinha. “Sabem o que é isso? Está escrito Poder Legislativo. Sabem o que é Poder? É que pode. Eu e nenhum dos vereadores que estão aqui precisam de autorização para entrar em locais públicos. Quem nos deu essa autorização foi a população”, disse.

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