Como apoiar a mãe que amamenta?
Todo ano o mês de agosto é o mês de incentivo e conscientização do aleitamento materno e, neste ano, a campanha traz como tema a redução das desigualdades da amamentação, visto que quanto mais renda a família tem, por mais tempo o bebê é amamentado no peito e, em contrapartida, quanto menos renda a família tem, por menos tempo o bebê é amamentado com leite materno.
Sabemos que vivemos em um país bastante desigual e isso afeta a vida de muitas mulheres pobres que precisam voltar a trabalhar quanto antes para poder trazer sustento para o seu lar, o qual muitas vezes é mantido somente por ela, visto os números de mães solos que temos no país.
Assim, na maioria das vezes, a amamentação no seio precisa ser interrompida para que essa mãe possa voltar ao seu trabalho, tendo efeitos importantes na vida do bebê, pois o leite materno é o alimento padrão ouro, que traz proteção ao bebê, todos os nutrientes necessários, favorece o desenvolvimento dos ossos e fortalece os músculos da face, o que facilita o desenvolvimento da fala, regula a respiração e previne problemas na dentição, além disso, fortalece o vínculo mãe-bebê.
Para a mãe, os benefícios da amamentação também são muito importantes, tendo um impacto futuro, inclusive, por exemplo: reduz as chances de desenvolver diabetes e doenças cardiovasculares, de ter câncer de mama e ovário, além disso, o corpo da mulher volta ao seu peso habitual mais rápido, pois amamentar tem um gasto calórico alto e o útero volta mais rápido ao seu tamanho anterior, pois em cada mamada é liberado o hormônio oxitocina, que contrai o útero, reduz seu tamanho, diminui o sangramento e previne a anemia.
Muita coisa boa, que toda mãe e bebê deveriam ter a oportunidade!
Além disso, estima-se que a amamentação seja capaz de diminuir em até 13% a morte das crianças menores de 5 anos por causas evitáveis, a amamentação é prática, econômica e evita o risco de contaminação que pode acontecer no preparo de outros leites.
E COMO APOIAR A MÃE QUE AMAMENTA?
- Esteja ao seu lado e apoie emocionalmente;
- Não leve desinformação (leite fraco e aguado não existe! / amamentar não é puramente instintivo, mãe e bebê aprendem juntos!);
- Indique bons profissionais para ela acompanhar e tirar suas dúvidas;
- Reconheça o valor da amamentação e incentive a prática;
- Compartilhe as tarefas de casa para que ela possa se dedicar a amamentar;
- Amamentar pode dar muita fome e sede, assim prepare uma comida e deixe uma garrafinha de água próximo dela;
- Busque os direitos da mãe que amamenta e ajude-a a prolongar esse ato;
- Respeite as suas decisões e mostre que vocês estão juntos nesse desafio.
Compartilhe e leve essas informações para mais e mais pessoas!
Vamos incentivar e conscientizar a importância da amamentação!
Franciele V. Grando, psicóloga de mulheres e mães (CRP 06/161346) e membro da comissão Maio Furta-cor