Crítica: a nauseante realidade de “A garota da agulha”

Para começar, o longa é um drama para quem tem estômago. A produção dinamarquesa teve uma indicação ao Oscar 2025 de melhor filme internacional, mas não levou a estatueta, que ficou com o Brasil pelo filme Ainda Estou Aqui.

A narrativa se passa em Copenhague, no pós-Primeira Guerra Mundial. O filme é inspirado em fatos reais, já que a vilã Dagmar é baseada na serial killer dinamarquesa Dagmar Overbye. A protagonista Karoline é fictícia; não identificada na realidade, teria sido evocada na mulher que denunciou Dagmar.

A Garota da Agulha conta a história de Karoline, uma jovem grávida e sem recursos, acaba nas mãos de Dagmar, uma mulher que promete ajudar mães desesperadas, mas que esconde um segredo mortal.

A película é retratada em preto e branco, no formato 4:3, com bela direção de arte. Em cenas de ruas e edificações, parece clara a inspiração no expressionismo alemão. É um filme que revela sombras pesadas.

A mensagem critica a burguesia, a maldade da guerra e o sofrimento feminino. Revela cenários que, em certo ponto, são luxuosos, mas também de miséria. É um filme sufocante! Sufoca a alta classe, a pobreza, a maternidade. Como dito no início do texto, o filme é nauseante do início ao fim, com destaque para os últimos 30 minutos.

A Garota da Agulha tem boa recepção da crítica no IMDb, com nota 7,5. No também exigente Rotten Tomatoes, fica com 92% de aprovação, e na rede social Letterboxd tem boa aceitação, com nota 3,9 de 5. Você pode assistir ao filme no Amazon Prime Video, Apple TV e MUBI.

Abraços!

Dorival Sanches – Blog: https://dorivalcardealblog.wordpress.com/

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *