Doar sempre faz bem

O Sistema Nacional de Transplantes (SNT), o maior do mundo, atua em conjunto com o Ministério da Saúde por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Essa colaboração garante que todas as pessoas, independentemente de sua condição social ou racial, possam se beneficiar dele. Legalmente, não é possível adquirir um órgão para transplante sem passar por esse sistema.

A rapidez com que o apresentador Fausto Silva, o Faustão, conseguiu um coração para transplante levantou muitas questões, mas ele não é o único beneficiado com essa eficiência. Outras pessoas também obtiveram órgãos com rapidez, embora não tenham recebido a mesma atenção devido à falta de fama.

A situação do Faustão era crítica, o que o colocou na lista de prioridades para receber um órgão. É importante ressaltar que sua condição financeira contribuiu apenas para sua internação e cirurgia, não para a obtenção do órgão em si.

A fila de espera por transplantes no Brasil permanece alta, com cerca de 25 mil pessoas aguardando por um transplante de córnea, mais de 37 mil por um rim, 2.223 por um fígado, 49 por um pâncreas, 382 por um coração e 190 por um pulmão, de acordo com o Ministério da Saúde.

O cadastro de pacientes nas listas de espera é feito exclusivamente pela Central Nacional de Transplantes, e cada estado possui sua central estadual. Assim, quando um órgão está disponível, ele é alocado de acordo com critérios médicos e prioridades definidas pelo sistema. É por isso e para isso que a doação de órgãos é fundamental para salvar vidas e garantir que todos tenham igualdade de acesso aos transplantes. Doe aquilo que não tem mais uso para você,  mas pode ser a esperança de alguém.

Para que esse objetivo seja cumprido é essencial que todos avisem sua família de suas intenções, pois é ela quem autoriza a doação nos casos de morte cerebral.

Erica Gregorio, jornalista, socióloga, escreve periodicamente no seu blog ericagregorio.com