Em última sessão, vereadores lamentam “ato arbitrário” de presidente Ricardo Giordani
Na última sessão ordinária da Câmara dos Vereadores de Itu, na tarde de terça-feira (10), diversos vereadores lamentaram o que chamaram de “ato arbitrário” do presidente do Legislativo, Ricardo Giordani. O advogado assinou, sozinho, um decreto em que aprova as contas do prefeito Guilherme Gazzola.
“Foi um ato arbitrário, que rasgou o Regimento Interno desta casa. As contas do Executivo precisam ser votadas pelo Plenário, e não por meio de decreto. O prefeito teve receio de que suas contas fossem rejeitadas e usou essa manobra, que poderá imputar em consequências jurídicas muito graves, como crime de prevaricação”, ressaltou o vereador Galvão. “É um absurdo o presidente cercear o direito do Plenário de votar as contas do prefeito”.
“Isso foi uma usurpação de poder”, destacou Maria do Carmo. “Esse decreto é nulo, e as contas vão ser votadas pela Câmara do próximo ano, pois tem 90 dias para serem votadas, e daí serão reprovadas”, provocou a vereadora.
O vereador Eduardo Ortiz também lamentou a atitude de Giordani. “Todos os outros presidentes seguiram as normas e, neste ano, vimos este absurdo. A amizade dele com o prefeito é tanta que vai sair com ele, pelas portas dos fundos”.
Apesar das acusações dos colegas, o presidente Ricardo Giordani não se explicou e saiu da sessão assim que encerrou a Ordem do Dia. Ele ficou inelegível por ler um documento que era falso e tentava incriminar o prefeito eleito Herculano Passos.
Confira abaixo decreto assinado apenas pelo presidente, sem passar por votação e nem sequer pelos seus colegas da Mesa Diretora.
Foto: Prefeitura de Itu