Escola interditada: crianças do Potiguara continuam com aulas remota

Rachaduras no prédio impede que os alunos frequentem as salas de aula

Alunos que estão matriculados na Emei Rosa Gimenez Félix, localizada no bairro Potiguara, ainda estão tendo aulas remota. Isso porque problemas estruturais como rachaduras obrigaram a Prefeitura de Itu a interditar o prédio onde funciona a escola.
“Se o local oferece perigo aos alunos nada mais certo que o local seja fechado, porém até agora a minha filha está sem ir para a escola”, disse uma das mães entrevistadas pelo Jornal de Itu.
Indignadas com a falta de compromisso por parte da Secretaria de Educação, mães de alunos procuraram a redação para contar os problemas que vem enfrentando desde quando receberam a notícia que a escola não retomaria as aulas presenciais.
“Fomos avisadas na véspera do retorno às aulas que a escola apresentava rachaduras e que por isso, para segurança de alunos e profissionais, as crianças continuariam com as aulas online. Segundo nos disseram, o prédio não tem fundação”, conta uma das mães.
De acordo com elas, uma reunião foi feita com Secretária Adjunta da Pasta, Silvia Sório, no dia 3 de fevereiro deste ano, onde ela explicou os motivos do fechamento da escola e quais eram as providências que estavam sendo tomadas. “Ela disse nessa reunião que a Secretaria de Educação iria alugar um salão de festa que tem aqui no bairro, porém ia precisar adequar o lugar para ‘transformar’ em uma escola. Porém, mais de um mês nada das crianças voltarem as aulas presenciais”, disse uma das mães.

Direito da criança
“É direito da criança
frequentar a escola e as minhas filhas estão sem aula por falta de compromisso da Secretaria de Educação. Eu não sou formada em pedagogia para dar aula para as minhas filhas. Elas estão sendo prejudicadas”, disse uma mãe que também nos contou que está com dificuldade para trabalhar por conta de as meninas estarem em casa.
Depois da reunião com a secretária, as mães nos relataram que não houve mais contato por parte da Secretaria. “Liguei na Secretaria de Educação e a pessoa que me atendeu disse que a reforma estava sendo feita, mas que ia demorar por conta de fiação e encanamento. Porém, eu moro na rua desse salão de festa e nem caçamba tem na frente, entulho, nada. Nunca vi movimentação no local”, afirma a mãe de uma aluna.
Ainda segundo as mães, a secretária disse na reunião que o local onde funcionava a Emei não tem fundação, e que as chuvas de janeiro agravaram o problema. “Essa escola existe há mais de 10 anos. Como que eles não viram isso antes? E porque não fizeram a reforma antes, visto que as crianças ficaram quase dois anos em casa por conta da pandemia. Isso é um absurdo!”, disseram as mães. “Tiveram o período da pandemia inteiro e as férias escolares para reformarem a Emei, mas esperaram começar as aulas pra fazerem isso. Aliás, nem sei quando as crianças daqui do Potiguara terão sua escola de volta”, disseram revoltadas.

Contribuição financeira
As mães também reclamaram que a escola pede para que os pais contribuam financeiramente, pois a unidade escolar tem despesa, mesmo as crianças não frequentando o local, como valores mensais de escritório e tarifa do banco. “A escola que peça para a Prefeitura de Itu pagar essas contas. Nossos filhos nem escola tem, como tem coragem de pedir ajuda financeira”, disseram.
As mães afirmaram que não foram comunicadas quando um novo prédio para a Emei Rosa Gimenez Felix será entregue.
O Jornal de Itu entrou em contato com a Secretaria de Educação para saber sobre os problemas enfrentados pelos alunos, porém até o fechamento desta matéria não deram retorno à redação.

Salão de festa onde será instalada, provisoriamente, a Emei Rosa Gimenez Félix

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