ESPECIAL DIA DA MULHER: “Se eu salvar uma mulher, minha missão estará cumprida”

Sou Aninha Simão, tenho 35 anos, sou casada há 11 anos e tenho 1 filha de 07 anos, fui professora por 11 anos na rede estadual. Me formei em educação física, sempre fui ativa e com a saúde excelente, sempre dirigi e era independente.

Por não querer mais engravidar optei pelo método contraceptivo mais comum: a pílula anticoncepcional.

Tudo começou a mudar na minha vida há um ano: comecei a ter a vista embaçada e procurei uma oftalmologista, que disse que não era nada grave, não havendo tratamento para o diagnóstico. Eu senti que precisava de outra opinião pois com apenas um mês minha visão já tinha piorado muito, já com perda no olho esquerdo.

Um outro profissional, Luiz Saverio, me encaminhou no mesmo dia para um especialista, Maurício Schimer, retinólogo no BOS. Ele constatou que havia uma oclusão vascular retiniana difusa em ambos os olhos, que seria uma hemorragia. Seguindo as orientações dele fui até a reumatologista, que solicitou vários exames para descartar as possibilidades de doença auto-imune.Entre vários médicos e vários exames, se passaram quatro meses. A jornada durou ainda mais três meses:  quatro cirurgias a laser em ambos os olhos e neste momento eu já não enxergava mais nada do olho esquerdo.

Sem descobrir a causa, eu resolvi procurar uma nova hematologista, que foi o anjo que apareceu em minha vida, Ana Gabriela que descartou todos os exames que eu já tinha feito e solicitou uma ressonância do crânio, que detectou a trombose venosa na cabeça, que acontece em mulheres que usam ANTICONCEPCIONAL, o mais comum seria nas pernas. Mais no meu caso ela se manifestou na cabeça, onde afetou a minha visão.

Por seis meses, recebi duas injeções subcutâneas na região abdominal diariamente. Foi o período mais sofrido e dolorido da minha vida, mais criei forças da onde não acreditava que existiam, para superar o tratamento.

Após todo esse processo sai do estado de uma pessoa completamente saudável, ativa e independente para uma pessoa deficiente visual, com apenas 20% de visão do olho direito. E o esquerdo nulo, perante a medicina hoje não há transplante ou cirurgia que faça reverter o quadro do estrago que o ANTICONCEPCIONAL causou em minha visão.

Aos poucos estou me adaptando a minha nova realidade. Obrigada a todos que me ajudam, e ao meu Deus por me sustentar em pé até aqui.

Dou esse relato contando a minha história para impedir que mais mulheres passem por todo este sofrimento, pois hoje temos muitas opções de prevenção sem que haja a necessidade do uso do ANTICONCEPCIONAL.”

 

Conheça também Mônica, Sabrina e Danielle 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *