ESPECIAL DIA DA MULHER: “Sempre quis entender as desigualdades do mundo”

Sou Danielle Gimenes, tenho 31 anos e sou química. Sou ituana e grata por estar aqui. Eu sempre quis entender as desigualdades do mundo.

Por isso, durante a faculdade, enquanto amigos escolhiam Estados Unidos ou Europa para intercâmbio, eu escolhi a Indonésia, onde fiz um trabalho de conscientização sobre o HIV. Lá funciona o regime islâmico, então as pessoas têm medo de assumir que têm a doença. Há muita miséria e muita opressão. Também vi a dor na Tailândia, onde viu de perto a prostituição infantil – a população é muito pobre, é dolorido de ver as crianças – e o Camboja. Eles tiveram por anos um rei opressor, vemos nas ruas muitas pessoas mutiladas, sem braços, pernas, língua. O olhar da população é triste, pois este rei proibia relações afetivas, então os bebes eram retirados das mães um mês após o nascimento.

Depois desta experiência, em 2012, em 2017, já formada e trabalhando, eu sentiu novamente o ímpeto de buscar algo. Encontrei na Internet a Fraternidade sem Fronteiras, e me interessei em ser uma caravaneira. O destino era Moçambique. Pedi férias do trabalho e pedi dinheiro para o meu pai, que naquele momento passava por uma instabilidade financeira. No dia em que eu deveria comprar a passagem, porém, ele recebeu uma herança. Neste trabalho, sentimos o tempo todo esse acolhimento divino, essas providências de Deus. Através da FSF, estive duas vezes na África, em lugares onde a miséria e a fome fazem seus reféns.

Lá pude conhecer o amor livre de fronteiras, livre de premissas, pude enxergar o amor fraterno real. além da África, estive na companhia de refugiados venezuelanos em Roraima, por duas vezes, em 2018. Lá, pude observar a vulnerabilidade material do homem, mas que além dela ele se fortalece na fé e na esperança, querendo seguir, acima de quaisquer circunstâncias.

com essas experiências que escolhi viver, passo a compreender o ser humano em sua forma integral, e encontro caminhos para investir no mundo menos desigual. acredito a cada dia mais no progresso individual de cada ser e realizo o sonho de enxergar o mundo mais feliz.

Essas ações são para melhorar a mim mesma. Sinto uma angústia, que acredito que muitos sentem, de que é necessário fazer algo, contribuir com a obra de Deus, e Ele nos direciona.

Para saber mais sobre os projetos, acesse: https://www.fraternidadesemfronteiras.org.br/

 

Conheça também Sabrina, Mônica e Ana 

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