Febre maculosa pode ter sido causa de morte de adolescente

A cidade de Salto se comoveu neste domingo com a morte da adolescente Laura Bertajoni Vicente (imagem), que completou 15 anos no dia 24, e desde o dia 20 estava internada em Campinas. O corpo dela foi enterrado na manhã desta segunda-feira, sob forte comoção de amigos e familiares.

Pelo Facebook, um tio da jovem narrou a dor dos familiares acompanhando todo o processo médico, desde a internação até a busca pela doença que estaria causando tantos danos à saúde de Laura, que estava na UTI. Ele explicou que uma das suspeitas era febre maculosa.

No site do Ministério de Saúde, há um texto de orientação para profissionais de saúde, que “ todo caso de febre maculosa é de notificação obrigatória e imediata às autoridades locais de saúde competentes, por telefone, fax, e-mail ou qualquer outro meio de comunicação.”

A Prefeitura de Salto, por meio da Secretaria da Saúde, informa que aguarda o resultado de exames comprobatórios em relação ao caso citado.  “Por isso, no momento, ainda não é possível afirmar se a causa da morte foi em decorrência de febre maculosa”, diz, em nota, a Assessoria, que informou também que a a Secretaria da Saúde realiza a instalação de placas informativas em parques e áreas públicas onde ocorra a presença do carrapato vetor da doença.

A equipe de controle de vetores realiza todos os anos, um trabalho de orientação e vistoria de porta a porta na área rural e em bairros em áreas consideradas de risco pela presença do carrapato vetor nos meses de outono; período em que ocorre um aumento expressivo no número de carrapatos no ambiente devido ao seu ciclo reprodutivo e consequente aumento do risco de casos. Esta ação permite que os munícipes tomem alguns cuidados quando da circulação por áreas sabidamente infestadas nessa época, bem como para que procurem o serviço de saúde com a maior brevidade possível em casos de sintomas.

Além disso, o Departamento de Zoonoses presta assistências aos condomínios com informes, comunicados e orientações quanto ao manejo e prevenção quanto à presença das capivaras e possível infestação do carrapato-estrela.

 

Febre maculosa

A febre maculosa brasileira é adquirida pela picada do carrapato infectado com Rickettsia e a transmissão, geralmente, ocorre quando esse carrapato permanece ou esteve aderido ao hospedeiro por um período de 4 a 6 horas.

O hospedeiro mais comum desse carrapato é a capivara. Por isso é importante evitar o contato direto com esses animais.   Por outro lado, não é só a capivara que abriga o carrapato. Animais de grande porte, como cavalos, também podem representar riscos.

Os carrapatos permanecem infectados durante toda a vida, em geral de 18 a 36 meses. Essa infecção pode ser disseminada dos carrapatos infectados para os não infectados.

O diagnóstico e início imediato do tratamento são essenciais para evitar as formas mais graves da doença e até mesmo a morte. A febre maculosa se manifesta em uma fase inicial com:  Febre elevada e de início súbito;  Dor de cabeça intensa; Dor muscular generalizada; Dor nas articulações; Náuseas, vômito e diarreia; Cansaço e fraqueza; Manchas vermelhas pelo corpo: começam(ou aparecem) entre o terceiro e o quinto dia após o início da febre, acometem inicialmente braços e pernas (punhos e tornozelos) e evoluem para abdome, tórax e face.

A letalidade da doença, quando não tratada, pode chegar a 80%. Quanto antes iniciar, melhor será a recuperação do doente.

(Informações do Ministério da Saúde e Hospital Vera Cruz)

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