Herculano Passos é eleito presidente da CPI do Derramamento de Óleo

O deputado Federal Herculano Passos (MDB-SP) foi eleito para presidir a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Óleo, instalada nesta quarta-feira, 27, na Câmara dos Deputados. O colegiado vai investigar o derramamento da substância que já atingiu 779 localidades, desde o fim de agosto nos nove estados do Nordeste, no Espírito Santo e Rio de Janeiro. O deputado João Campos (PSB-PE) foi designado relator dos trabalhos.

Conforme o presidente da CPI, as reuniões começam amanhã, 28. “Iniciamos nesta quinta com a apresentação do plano de trabalho e votação de requerimentos. Faremos duas reuniões semanais até o final do ano e realizaremos audiências nos Estados atingidos, iniciando por Natal, onde as investigações estão mais avançadas”, adiantou Herculano.

O parlamentar, que também preside a Frente Parlamentar Mista em Defesa do Turismo do Congresso Nacional foi indicado pelo seu partido, o MDB, e eleito por unanimidade, pelos membros da CPI. “Vamos trabalhar e investigar a fundo, para punir os possíveis culpados que fizeram com que o Brasil perdesse tanto no turismo, no meio ambiente e em vários outros setores da economia, uma vez que esse desastre afugentou milhares de pessoas que planejaram visitar as praias afetadas, no período em que o óleo atingiu mais fortemente a costa.

Investigação

A comissão é composta por 34 deputados titulares e outros 34 suplentes, que terão 120 dias para concluir os trabalhos. O presidente da CPI aposta em resultados concretos na investigação. “Temos uma missão muito importante para o nosso país. Essa CPI é um pedido da população brasileira e nós, Câmara dos Deputados, estamos fazendo a nossa parte e vamos fazer o possível para apurar tudo o que aconteceu”, afirmou.

Entenda o caso

As primeiras manchas de óleo apareceram no litoral da Paraíba no fim de agosto. Logo atingiriam trechos de praias nos nove estados do Nordeste. Hoje, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) já detectou a presença de fragmentos de óleo cru em quase 800 pontos do litoral, inclusive em praias dos estados do Espírito Santo e do Rio de Janeiro, na região Sudeste.

Até agora, a Marinha não identificou a origem do vazamento. Voluntários e uma força-tarefa de vários órgãos públicos trabalham no recolhimento do óleo. O impacto da contaminação para a saúde humana e a economia das cidades litorâneas ainda é incalculável.

 

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