Locação cresce 39% na região de Sorocaba
As vendas de imóveis usados caem 20%
Aumentou em 39,67% a locação de casas e apartamentos na região de Sorocaba enquanto a venda de
imóveis usados caiu 20,41% em Julho comparado a Junho. O desempenho contrastante dos dois mercados
foi apurado em pesquisa feita com 120 imobiliárias e corretores de 20 cidades pelo Conselho Regional de
Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (CreciSP).
Em cidades como Sorocaba, Itu, Tietê e Porto Feliz , foram alugadas mais casas (80,65% do total)
do que apartamentos (19,35%) e vendidas também mais casas do que apartamentos (55,93% e 44,07%,
respectivamente). A maioria das novas locações (61,35%) tem aluguel mensal de até R$ 1.250,00. As casas
e apartamentos usados mais vendidos (54%) foram os de preço final até R$ 300 mil.
“Esses resultados estão em linha com o comportamento do PIB nacional, que registrou queda de
0,1% no segundo trimestre”, afirma José Augusto Viana Neto, presidente do CreciSP. “A estagnação da
atividade econômica e o desemprego em 14,1% registrados pelo IBGE nesse segundo semestre afetam
mais diretamente o mercado de compra e venda de imóveis que o de locação”, justifica. “É sempre mais
fácil alugar do que comprar”, ressalta.
A região de Sorocaba, segundo o presidente do CreciSP, vinha crescendo desde o segundo
trimestre do ano passado, período que registrou a maior queda do PIB desde o início da pandemia,
segundo a Fundação Seade. “O PIB regional cresceu 17,11% no primeiro trimestre deste ano em relação
ao segundo trimestre de 2020, o que mostra a força da economia local”, destaca Viana Neto (**).
Os efeitos da estagnação no PIB nacional deverão se refletir no PIB regional de Sorocaba, afetando
particularmente o desempenho do mercado de venda de imóveis usados, mas Viana Neto ressalva que os
efeitos não deverão ser os mesmos em todas as cidades da região: “O perfil das cidades é muito diferenciado,
tanto populacional quanto econômico, e isso impacta a reação local diante do comportamento geral
da Economia”.
Sorocaba, por exemplo, com 695 mil habitantes, tem um PIB de R$ 35 bilhões, e per capita de
R$ 54.338,00, enquanto em Iperó, com seus 38.771 moradores, ele é de R$ 648 milhões e per capita de
R$ 19.534,00, segundo a Fundação Seade. “Mas é sempre bom ressaltar que o mercado imobiliário
sempre pode surpreender, tanto positiva quanto negativamente, independentemente do andamento do
PIB nacional ou regional”, destaca Viana Neto.
Casas lideram locação
A pesquisa do CreciSP com as 120 imobiliárias e corretores credenciados das 20 cidades da região
de Sorocaba constatou que a preferência dos novos inquilinos recaiu em Julho sobre as casas, com 80,65% do
total de contratos fechados. Apartamentos somaram 19,35%. Dentre todos os imóveis alugados, 54,35% eram
de padrão médio, 34,78% standard e 10,87% luxo.
Mais da metade dessas novas locações – 61,36% – foi de casas e apartamentos com aluguel mensal de
até R$ 1.250,00. Na segmentação por faixas de valor, aluguéis entre R$ 751,00 a R$ 1.000,00 representaram
27,27% do total. Os bairros de periferia foram aqueles em que mais se alugou, com 50%, seguido dos da
região central das cidades, com 30%, e das regiões nobres, com 20%.
As casas mais alugadas na região de Sorocaba em Julho foram as de 2 dormitórios (50% do total),
as que tinham área útil de até 100 metros quadrados (50%) e as com duas vagas de garagem (44,12%).
Já entre os apartamentos, 60% dos que foram alugados tinham 2 dormitórios, 80% com área útil de até
50 metros quadrados e 60% com uma vaga de garagem.
Usados mais baratos, os preferidos
As vendas de imóveis usados nas 20 cidades pesquisadas pelo CreciSP na região de Sorocaba ficaram
concentradas naqueles com preço final de até R$ 300 mil, somando 54% dos contratos. Dentre as faixas de
preço, destacou-se a das casas e apartamentos entre R$ 101 mil e R$ 200 mil, com 38% do total.
A maioria das vendas em Julho foi feita com empréstimos de bancos privados e públicos (33,7% do
total) e da Caixa Econômica Federal (26,0%). Outros 21,74% tiveram pagamento parcelado pelos
proprietários e 17,39% foram vendidos à vista. Os consórcios representaram apenas 1,09% das vendas,
segundo apurou a pesquisa CreciSP.
Casas e apartamentos em bairros de regiões nobres das 20 cidades tiveram a preferência dos
compradores (41,3%), seguidos pelos de bairros de periferia (33,7%) e das regiões centrais (25%). A
maioria desses imóveis (64,15%) era de padrão médio, com o restante dividido entre os de padrão
standard (20,75%) e luxo (15,09%).
As casas mais vendidas nessas 20 cidades em Julho foram as de 3 dormitórios (56,67% do
total), as que tinham duas vagas de garagem (60%) e as de área útil entre 101 e 200 metros quadrados
(36,67%).
Os apartamentos de 2 dormitórios foram os mais vendidos, com 70% do total negociado pelas 120
imobiliárias e corretores. A pesquisa do CreciSP também apurou que 65% dos apartamentos vendidos
tinham uma vaga de garagem e que 45% eram de área útil de até 50 metros quadrados, mesmo
percentual dos que mediam entre 51 e 100 metros quadrados.
As cidades pesquisadas foram: Angatuba, Araçoiaba da Serra, Boituva, Campina do Monte
Alegre, Cerquilho, Ibiúna, Iperó, Itapetininga, Itu, Mairinque, Piedade, Porto Feliz, Salto, São Miguel
Arcanjo, São Roque, Sorocaba, Tatuí, Tietê, Torre de Pedra, Votorantim.
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