Mães e suas histórias incríveis
Acompanhe abaixo duas histórias de mães incríveis, com desafios peculiares.
Mãe de Lucas
Neste Dia das Mães, Leiliane Malaquias estará longe de seu filho Lucas, de 13 anos. O motivo não será o isolamento social, mas será o Covid-19: ela está em Manaus, reforçando o time de profissionais de saúde daquele Estado.
A capital do Amazonas tem o maior índice de mortalidade de uma capital brasileira pelo novo coronavírus, com 6.034 contágios e mais de 600 mortes até sexta-feira (8).
Mesmo assim, o amor por servir foi o que se sobrepôs ao medo e fez com que ela se cadastrasse no Ministério da Saúde.
“Em seguida, me ligaram de Brasília e me perguntaram se podia viajar no domingo, conversei com meu marido Elias e disse: Sim. Compraram minha passagem de voo para domingo de Campinas a Manaus e viajei, para fazer parte deste grande projeto ajudando esta população que tanto precisa”, conta ela ao Jornal de Itu.
Ela tem uma longa história de dedicação à área de Saúde: formada em técnica de enfermagem em 2008, trabalhou na função durante sete anos em hospitais em Itu e Indaiatuba. Em 2015, ousou ir atrás de um sonho maior: foi embora para Bolívia: lá estudou medicina e realizou um trabalho social com crianças em Sucre.
Ela retornou recentemente para fazer estágio quando veio o Covid-19. Manaus lhe dará experiência profissional e humana. “Somos 15 profissionais que deixaram famílias e o conforto de suas casa por amor. Juntos venceremos e contamos com a orações de vocês!”. Neste momento, a mãe do Lucas atende aos chamados dos que mais precisam… exemplo de coragem!
Mãe de Lucca e Matteo
Karina Kazzu é mãe de Lucca, 4 anos, e Matteo, 2. Ser mãe, além do romantismo, é uma tarefa árdua. Mães que recebem como missão gerarem ou cuidarem de crianças atípicas descobrem que precisam redobrar as forças.
Ela não pensava em ser mãe, mas seus planos mudaram. “Quando vi aquele menininho gordinho e eu entendi o que meus pais sentiam por mim. Eu não sabia o que fazer, mas aquele bebezinho frágil e delicado dependia de mim e eu daria minha vida sem nem pensar duas vezes, só pra protegê-lo”, conta.
E Lucca precisaria realmente de proteção: aos dois ele foi diagnosticado com Transtorno de Espectro Autista – TEA. Sobre ser mãe de autista, ela diz que são mulheres que precisam abrir mão de muitas coisas. “A gente se torna, além de mãe, ativista de uma causa, para que o mundo aceite melhor os nossos filhos. E abrimos mão da carreira, da vida social, de alguns sonhos..”
Mas conclui com um saldo positivo: “mudei hábitos alimentares, condutas, linguajar e até o guarda-roupa, que teve que ficar prático e básico. Eu não pensava tanto no futuro como agora. Eu não tinha muita consciência ambiental como agora. Eu virei uma pessoa melhor por eles e pra eles.”