Moradores do Alpes II estão com medo de prédios desabarem

Os moradores do Conjunto Habitacional Alpes II está vivendo dias de tensão desde segunda-feira. Com as fortes chuvas, na lateral do bloco 18 houve um deslizamento de terra. Eles temem quem isso tenha afetado a estrutura do local.

“Já aconteceu uma vez isso, mas não foi tão desastroso como agora. Me chamaram e quando eu fui ver tinha esgoto estourado, água jorrando… E tem muitas rachaduras nas paredes, piso soltando, então temos a impressão que a estrutura do prédio já está comprometida. Atingiu a área que fica o gás”, conta uma moradora. “Já ouvimos falar que esse prédio foi construído em cima de um aterro”, lamenta outra moradora.

Com o desabamento de terra, os moradores do bloco 17 ficaram sem água, e eles próprios improvisaram um encanamento. O bloco 18, até a manhã desta quarta-feira, permanecia sem abastecimento.

Com medo do que pode acontecer, os residentes do bloco 18 estão ficando na casa de parentes e amigos, enquanto esperam uma solução, sem saberem ao certo para quem recorrerem.

Na manhã desta quarta-feira, funcionários da CIS e da Defesa Civil estiveram no local. “Graças a Deus, estão começando a tomar alguma providência”.

Estacas

Em resposta ao Jornal de Itu, a Prefeitura de Itu enviou a seguinte nota:

“Após as fortes chuvas da madrugada da última segunda-feira (10/02), uma equipe da Secretaria Municipal de Obras e a Defesa Civil realizaram uma vistoria no Alpes, verificando que a fundação foi executada com sistema de estacas. Isso que significa que o desmoronamento do talude na sua lateral não implica em abalo da estrutura dos prédios. Sendo assim, não há risco iminente. Neste momento, a fundação está estável sem riscos de colapso parcial ou total e os moradores não precisam sair dos apartamentos.

Apesar de ser responsabilidade do condomínio, a Companhia Ituana de Saneamento (CIS) já foi acionada e irá religar as instalações externas de água e esgoto que foram comprometidas pelo desmoronamento do talude. A equipe responsável fará novas vistorias no local e pedimos que, em caso de aparecimento de novas trincas ou desmoronamentos do barranco os moradores entrem em contato com a defesa civil.”