Pesquisa CRECI mostra queda em vendas e aumento em locações
O mês de abril marcou a terceira queda (-14,63%) no volume de vendas de imóveis residenciais usados no ano. Também apresentaram registros negativos os meses de janeiro (-7,11%) e março (-3,25%), acumulando queda de 6,88% nas transações realizadas desde o início de 2024. Esses foram os dados obtidos pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (CRECISP) com 757 imobiliárias entrevistadas em 37 cidades do Estado, incluindo Itu (ver lista completa abaixo).
As locações, no entanto, mostraram um cenário oposto, com resultado decrescente apenas no mês de fevereiro (-6,12%) na comparação com janeiro, que ficou positivo em 14,37%. Também apresentou alta o mês de março (+16,69%) e abril, que marcou 7,81% de crescimento em relação ao mês anterior. Dessa forma, o volume de novos contratos assinados em 2024 está positivo em 32,75%.
Segundo o presidente do Conselho, José Augusto Viana Neto, em parte, esse é um movimento comum no mercado. “Todas as vezes em que há queda nas vendas, é frequente um crescimento nas locações. Isso porque o déficit habitacional é contínuo e sempre haverá famílias precisando de habitação, seja própria ou alugada. O essencial é que seja estabelecida uma política de juros mais favorável, que possibilite a aquisição do imóvel financiado, ampliando o potencial de compra das pessoas.”
Vendas em queda nas quatro regiões
O estudo realizado pelo CRECISP divide o Estado de SP em quatro regiões e em todas o índice de vendas de casas e apartamentos usados permaneceu negativo no mês de abril na comparação com março.
Na Capital, o percentual registrou queda de 11,67%; no Interior, de 24,77%; no Litoral, de 19,29%; e na Grande SP (que abrange Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Guarulhos e Osasco), de 0,39% no período.
As transações efetivadas foram, em 44,05% dos casos, feitas à vista. Em segundo lugar, ficaram as vendas por financiamento concedido pela CAIXA, com 27,97%. Na sequência, o crédito imobiliário proveniente de outros bancos, com 24,76%. O restante dos negócios se dividiu entre o parcelamento direto com proprietários (2,57%), e o realizado por meio de consórcios (0,64%).
Em 55,95% das vendas realizadas em abril, o valor dos imóveis não superou os R$ 400 mil e em 51,87% dos casos, o preço do metro quadrado esteve em até R$ 5 mil.
Locações sobem novamente no Estado
Pela terceira vez neste ano, houve crescimento no volume de novos contratos de aluguel assinados em todo o Estado. Na comparação entre abril e março, o aumento foi de 7,81% segundo as 757 imobiliárias consultadas. Por região, o cenário se dividiu da seguinte forma: alta na Capital, de 46,39%; e na Grande SP, de 6,6%. E queda no Interior (-18,11%) e no Litoral (-6,1%).
O seguro fiança segue liderando as preferências dos inquilinos como garantia locatícia, com 38,30%. Na sequência, aparecem o fiador (25,25%) e o depósito de três meses de aluguel (22,48%).
No mês de abril, o percentual de contratos de aluguel encerrados foi equivalente a 58,85% do total de novas locações realizadas no período e 38,63% dessas devoluções se deram por motivos financeiros.
A faixa de aluguel preferida pelos locatários foi de até R$ 1.500 (52,90% das novas locações). E 76,71% das casas e apartamentos alugados em abril estavam situados nas regiões mais centrais das cidades pesquisadas pelo CRECISP.
O levantamento foi realizado em 37 cidades do Estado de São Paulo, são elas: Americana, Araçatuba, Araraquara, Bauru, Campinas, Diadema, Guarulhos, Franca, Itu, Jundiaí, Marília, Osasco, Piracicaba, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Rio Claro, Santo André, Santos, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São Carlos, São José do Rio Preto, São José dos Campos, São Paulo, Sorocaba, Taubaté, Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião, Bertioga, São Vicente, Peruíbe, Praia Grande, Ubatuba, Guarujá, Mongaguá e Itanhaém.