Pesquisa da CRECI mostra aumento de locações
O primeiro semestre de 2024 trouxe bons resultados ao mercado imobiliário paulista. Segundo pesquisa elaborada pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (CRECISP), em junho, as locações de casas e apartamentos residenciais usados aumentaram 11,36% na comparação com maio.
Essa é a 4ª vez neste ano que o volume de novos contratos de aluguel aumenta, o que se reflete no acumulado positivo de 24,22% registrado pelo CRECISP. E embora as vendas tenham apresentado um resultado negativo em junho (-17,29%), ao longo do semestre elas também acumularam alta, crescendo 20,77% em seis meses.
O estudo do Conselho foi feito com 735 imobiliárias em todo o Estado e mostra, ainda, os dados separados em 4 regiões. Com relação ao aluguel, houve crescimento na Capital (+38,10%); e no Interior (+5,52%). Ficou menor o número de novas locações no Litoral (-20,19%); e na Grande SP (-6,34%) – que inclui as cidades de Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Guarulhos e Osasco.
A Pesquisa registrou, também, que, em junho, as vendas só cresceram no Litoral (+15,69%), apresentando queda na Capital (-6,72%); no Interior (-47,64%) e na Grande SP (-9,61%).
Conforme o presidente do CRECISP, José Augusto Viana Neto, o levantamento da entidade traz com exatidão o momento do mercado. “Tenho viajado por diversas cidades paulistas, conversado com os corretores dessas regiões, e percebo que essas oscilações são comuns. No entanto, também é visível que o setor tem vigor suficiente para crescer, até pela importância que tem na economia do País.”
Financiamento imobiliário supera vendas à vista
Se somados, os negócios feitos por meio de crédito imobiliário concedido por bancos privados e pela CAIXA representaram 51,66% das transações realizadas em junho. Esse índice supera com folga os 45,58% registrados pelas vendas à vista de casas e apartamentos. As demais formas de pagamento encontradas pela Pesquisa CRECISP foram o parcelamento diretamente pelos donos dos imóveis (1,93%) e as negociações por meio de consórcio (0,83%).
Os descontos concedidos pelos proprietários para o fechamento dos negócios diminuíram em junho na comparação com maio. Para imóveis localizados em regiões nobres, eles caíram 5,82%; nas periferias, a redução ficou em 19,92% e no centro das cidades pesquisadas, houve queda de 32,66% em relação ao percentual adotado em maio.
A faixa de valores de vendas dos imóveis mais procurada pelos compradores ficou em até R$ 600 mil, com 66,85% das transações.
Paulistas preferem o seguro fiança
No momento de escolher uma garantia como aval para seu aluguel, os inquilinos optaram, em junho, pelo seguro fiança em 41,53% dos casos. Na sequência, a preferência ficou com o depósito em poupança de 3 meses de locação (25,69%) e com o fiador, quase empatado, com 24,50%.
Em 35,75% dos cancelamentos de contratos de aluguel ocorridos em junho, as principais causas foram financeiras e o volume desses cancelamentos representou 54,08% do total de novos contratos assinados no
A principal faixa de preço escolhida pelos inquilinos ficou em até R$ 1.500 (53,73%) e 76,01% das casas e apartamentos alugados em junho, em todo o Estado, estavam situados nas áreas centrais das cidades pesquisadas.
A inadimplência ficou menor na Capital e no Grande ABC, mas registrou crescimento no Litoral e no Interior. No Estado, ela registrou queda de 1,96%.