Prefeito Guilherme Gazzola, em live sobre racionamento, fala muito e não diz nada
Com canal bloqueado ele falou sobre “transparência” e ficou durante 40 minutos exaltando obras feitas em seu governo sem aceitar questionamentos da população
O prefeito Guilherme Gazzola realizou uma live no canal da Prefeitura de Itu no Youtube. Ele começou falando que “temos nesse ano a pior crise hídrica dos últimos 91 anos.”
Com o canal bloqueado para comentários, ele afirmou que os munícipes serão respondidos nos canais oficiais e que não fugiria de questionamentos, sem citar que muitas pessoas denunciam que estão sendo bloqueadas nestes locais, sem serem respondidas.
O prefeito mostrou diversas reportagens mostrando a gravidade da questão ambiental, com escassez de chuvas. Falou sobre o baixo índice dos mananciais e exaltou as obras que foram criadas em seu governo. E ressaltou que foi ele também que finalizou as obras no Mombaça.
Ele disse que foi feito desassoreamento dentro do Campos de Santo Antonio, na bacia de São Miguel, mas não deixou claro se foram feitas ações semelhantes em outros locais. Falou sobre troca de tubulações, entre elas a que está sendo feita no Bairro Brasil.
Obras na Vila Ianni e no Potiguara, novo conjunto de bombas para o Mombaça e ampliação na Estação de Tratamento do Rancho Grande também foram lembradas.
Sobre ter prometido, há menos de um ano, segurança hídrica aos moradores, ele disse que isso seria possível em uma “situação normal”. Destacou ainda que todos os empreendimentos aprovados em sua gestão tiveram que dar uma contrapartida ao município, não deixando claro quanto foi este valor e no que ele foi aplicado.
Apesar de diversos munícipes dizerem que estão há cinco dias sem água, em diversos bairros, ele reafirmou que o abastecimento segue o cronograma e que os mais necessitados serão priorizados. Queixas de pessoas com idosos e doentes em casa também são constantes.
Ele criticou prefeitos que anunciam redução de pressão de rede. “Isso não existe, o que existe é racionamento”. Foi exatamente isso que a Cis anunciou em maio.