Prefeito quer captar água em propriedades particulares

Na segunda-feira, 4, o  prefeito Guilherme Gazzola publicou três decretos na Imprensa Oficial do município em que determina a requisição administrativa de poços em Itu.

O decreto 3.341, tem como foco as aguas do Sítio Nossa Senhora do Socorro,  no bairro Cruz das Almas, de propriedade de Evani Aparecida Guarnieri Rizzi,  “para fins de captação de água pela Companhia Ituana de Saneamento – CIS, através dos três poços existentes no local.”

O decreto 3.342, trata das águas do Poço e Reservatório On Line, situado na Rodovia SP-79 (ao lado do Marola), , de propriedade de Arlindo Angelieri Neto; e um outro documento tem como objetivo garantir à CIS o direito de subtrair agua do Poço Big Vai,   na Rodovia Waldomiro Corrêa de Camargo km 53 – Bairro Melissa, de propriedade de Fernando Scopel, e o poço afluente, na Avenida Augusto Francischinelli.

O texto ainda diz que “fica autorizado o uso da Guarda Municipal de Itu e a requisição da Policia Militar do Estado de São Paulo para fazer cumprir este Decreto, caso seja necessário”. Procuramos dois proprietários desses locais, mas eles não quiseram se manifestar.

Os documentos tem redação idêntica, citando “situação de acentuada redução de oferta de água que guarnece a população” e “em razão do alto consumo de água pelos munícipes, há perigo de repercussão sobre o abastecimento de água potável no Município”. Enviamos questionamentos para a Prefeitura mas não tivemos retorno.

Racionamento

Nesta quarta-feira, diversos bairros da cidade ficaram, mais uma vez, sem abastecimento de água. Leitores do nosso site citaram problemas em locais distintos do município. Em diversos locais, houve a necessidade de caminhões pipas.

Foi isso que ocorreu na Vila Gardiman, onde uma moradora contou ao Jornal de Itu que estava há três dias com as torneiras secas. “Eles não falaram que o Mombaça iria resolver a questão de água, o que houve?”, indagou.

Nas páginas das redes sociais da CIS, a última publicação referente ao assunto foi feita na segunda-feira, mesmo dia do decreto, e declara que as represas estão com 70% de sua capacidade.

Funcionários da autarquia, porém, dizem que a situação é extremamente crítica e afeta toda a cidade, mas principalmente a região do Pirapitingui, aonde a Prefeitura credita a falta de água às obras do Sistema Pirajibu.

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