Sem regularização, moradores do antigo Cemitério da Paz marcham até prefeitura

Moradores da comunidade Monte Sião – Vila da Paz, conhecida como antigo Cemitério da Paz, às margens da antiga Estrada Itu-Salto, marcharam até a Prefeitura na manhã desta segunda-feira (18).

Homens, mulheres e crianças, alguns com camiseta do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), foram lideradas por Clayton Veloso, coordenador nacional do movimento. “Há alguns anos o prefeito assinou o decreto de desapropriação, mas até hoje não pagou o terreno, então a área está irregular até hoje e viemos aqui para saber o motivo, pois a comunidade está lá há mais de uma década tomando água de poço”, explica Clayton.  Segundo ele, cerca de mil pessoas moram no local, com infraestrutura precária.

Elas foram até a Prefeitura, que armou um forte esquema de segurança no local, mas foram recebidos pelo prefeito Guilherme Gazzola em seu gabinete.

“Nós já estamos fazendo a desapropriação da área desde 2020. O que acontece é que o proprietário quer um valor no terreno que não vale. A Prefeitura está disposta a fazer o pagamento de R$ 3 milhões, valor de mercado, mas ele quer um valor exorbitante. Até propomos que a diferença fosse investida na comunidade, mas ele não aceitou”, disse o prefeito Guilherme Gazzola.

Clayton explica que o próximo passo será reunir os dois proprietários do terreno, a comunidade e o prefeito. “Nós vamos fazer o levantamento exato de quanto vale este terreno, e se for três milhões que a Prefeitura está disposta a pagar nós vamos pressionar para que o contrato seja assinado.”

(Fotos: Fernando Souza Foto em destaque: Divulgação)

4 thoughts on “Sem regularização, moradores do antigo Cemitério da Paz marcham até prefeitura

  • Desapropriação é avaliada por perito nomeado pelo juiz da causa. O perito avaliou a área em 8,8 milhões. É só depositar o valor que resolve a desapropriação.

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  • Esse valor não é justo ,o proprietário quer um valor absurdo em uma área com processo de cemitério,tem rocha no terreno e tem mais o dinheiro da prefeitura é nossa gente como vamos pagar um absurdo desse em uma terra que não vale

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  • Temos que pensar no proprietário que está sofrendo com a desapropriação, nos coloquemos no lugar dele, seria justo receber um valor pelo nosso imóvel que não condiz com a realidade e, ainda, tendo uma avaliação procedida por perito nomeado pelo juízo em valor totalmente superior.

    Fica a reflexão.

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