Sindigas diz que abastecimento será normalizado em breve

O empresário Augusto Francischinelli Neto procurou nesta segunda-feira, 30, gás de cozinha em cerca de dez distribuidoras em Itu. Não encontrou em nenhuma delas. Em alguns locais, ninguém nem atendeu ao telefone.

Ele precisou também comprar gás para sua empresa, e diz que antes da falta do produto enfrentou outro problema: o aumento abusivo nos preços. “Em um botijão tipo P-45 que eu pago R$ 280 estavam cobrando R$ 490”, conta.

Nesta terça-feira, ele completou o quinto dia em busca do produto em mais de dezessete locais em Itu, Salto, Cabreúva e Porto Feliz. “Encontrei em um lugar e estavam vendendo um botijão de 13 kg por R$ 90. Achei abusivo e não comprei”.

Assim como ele, quem buscou gás de cozinha teve muitas dificuldades. Dificuldades momentâneas, garante o Sindigás (Sindicato das Distribuidoras de gás). “Uma nova carga de gás importado, que chegou nesta terça-feira ao Porto de Santos será transportada para Mauá, onde está previsto o início do engarrafamento em botijões já amanhã. A quantidade de gás importada é suficiente para encher 1,6 milhão de botijões. Este processo deverá promover o reabastecimento satisfatório nos próximos três ou quatro dias”, diz o Sindicato.

O desabastecimento se deu por uma demanda intensa e inesperada nos últimos dias. “Com o aumento da demanda, as entregas de gás da Petrobras para as distribuidoras registram atraso de dois dias, o que causa filas nas plantas de engarrafamento e a sensação de escassez para o consumidor final”, explica a instituição.

Para desmotivar a compra desnecessária com vista a formar estoque, o Sindigás lançou em veículos de comunicação campanha de consumo consciente. O objetivo é despertar o senso de solidariedade entre os consumidores para que quem precise do gás imediatamente não corra o risco de ficar sem o produto.

Além disso, a Petrobras reduzirá em 10%, para cerca de R$ 21,85 o preço médio do botijão. No acumulado do ano, a redução é de cerca de 21%.

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