“Situação é igual a de 2014, mas atendimento é pior”, diz moradora do Alberto Gomes

Ruas do bairro chegam a ficar vários dias seguidos sem nenhum abastecimento

Com o calor dos últimos dias e a baixa umidade do ar, o drama dos ituanos de estarem em racionamento de água está ainda pior. Esta semana a Companhia Ituana de Saneamento anunciou uma ampliação no rodízio, com sistema de 24h com água e 48 sem abastecimento.

Mas muitos moradores dizem que a situação é bem pior, e em várias localidades as pessoas ficam sem água nas torneiras por vários dias seguidos. “Estamos vivendo o mesmo pesadelo de 2014”, lamenta uma moradora do Alberto Gomes. Ela é linha de frente no Covid-19 e tem que reforçar a higiene domiciliar e pessoal.

Para ela, a situação agora é ainda pior, pois tem um agravante: o atendimento na empresa que abastece a cidade é mais precário. “Eu ligo, pego número de protocolos, explico a situação, mas eles dizem que não tem como enviar caminhão pois na rua Itu só eu pedi, mas eu converso com os vizinhos e vários pediram e ligaram. Nesta sexta-feira, estamos já há vários dias sem água, e o caminhão veio na rua de baixo e na de cima e não passou aqui. Liguei lá e moça disse que não havia nenhum pedido neste endereço. É desesperador!”, lamenta Fabiana Pereira de Moura.

Na busca por uma solução, ela procurou o ouvidor da Câmara de Vereadores, que prometeu intermediar o contato com a concessionária e tentar ajudá-la, mas isso não aconteceu. Outra moradora da Rua Itu diz que a água chegou em sua residência, mas muito fraca. “Não sobe na caixa de água”, conta. “É preciso abrir a torneira e esperar uns 15 minutos”.

Outros moradores do bairro da Rua Savioli e Vicente Pavani  também reclamaram de falta de abastecimento e que até o final do tarde o caminhão pipa não havia passado. “Eu fui reclamar na página da CIS e fui bloqueado”, lamenta Lucas Soares.

Direitos do consumidor

De acordo com o artigo 22 do Código de Defesa do Consumidor (CDC), ‘os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais (água, energia,etc), contínuos’.

‘E nos casos de descumprimento total ou parcial, das obrigações referidas neste artigo, serão as pessoas jurídicas compelidas a cumprí-las e a reparar os danos causados, na forma prevista no código’. Se a companhia não atender, o consumidor deve registrar a reclamação sobre a falta de água no Procon. O consumidor que não concordar com o valor das faturas referentes ao período de falta de água deve registrar a reclamação e pedir a revisão das contas.

Caso tenha comprado água por outros meios, o consumidor pode pedir o ressarcimento. O consumidor deve trazer, além dos documentos pessoais, as faturas de água que devem estar no nome do reclamante, ou se for o caso, uma procuração. Os recibos de água comprada de caminhões pipa, por exemplo, e outros registros que documentem o caso, como as tentativas de comunicação com a empresa, data, horário e nome do atendente.

Outro caminho do consumidor é acionar a Ouvidoria da  Agência Reguladora PCJ. Neste link há telefone, email e contato de Whatsapp. É preciso ter o número do protocolo e fazer um cadastro:

http://www.arespcj.com.br/conteudo/41/fale-conosco.aspx

3 thoughts on ““Situação é igual a de 2014, mas atendimento é pior”, diz moradora do Alberto Gomes

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *