Veja sete dicas práticas para se organizar financeiramente
O Brasil ainda enfrenta sinais de retração econômica e esse período de incerteza acaba atrapalhando a vida da população. Alguns brasileiros conseguem chegar no fim do mês sem entrar no vermelho e ainda poupar dinheiro – na verdade, uma em cada quatro famílias possuem dívidas ou contas em atraso, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Mesmo assim, é possível se planejar e se organizar financeiramente. Confira:
1 – Defina todos os gastos mensais e a renda da família
O primeiro passo é identificar o total de despesas que possui, tanto os gastos recorrentes quanto os esporádicos, e qual é a renda mensal da família. É importante listar de forma organizada, sem esquecer nada, desde o aluguel até o cafezinho no fim de tarde. Além disso, calcule a renda mensal líquida, já com os descontos do INSS, Imposto de Renda, entre outras deduções.
2 – Descubra formas de reduzir os gastos
Após saber quanto ganha e o quanto você gasta, descubra se sobra ou falta dinheiro no fim do mês. Caso falte, descubra o que pode cortar ou reduzir para que o orçamento familiar entre no seu bolso e evite contrair dívidas. Se já estiver devendo, priorize o pagamento dessas contas e tente renegociar para obter taxas e condições mais vantajosas. O ideal é que, pelo menos, sobre uma quantia para possíveis emergências.
3 – Estipule prioridades dentro do orçamento
Lembre-se: as prioridades devem ser sempre os gastos essenciais, como alimentação e moradia. Mesmo dentro deles é necessário ter consciência que as despesas devem estar de acordo com a sua capacidade financeira. O valor desses itens, como aluguel, alimentação, educação e saúde deve comprometer 50% da sua renda mensal líquida.
4 – Dê preferência aos cartões de débito e pré-pago
Eles são ótimos aliados para quem está tentando se organizar financeiramente. Uma boa dica é limitar o valor dos gastos considerados não essenciais a30% da renda líquida, no máximo. Dessa forma, a pessoa pode utilizar o cartão pré-pago apenas para esta finalidade, pois assim controla exatamente o montante mensal que pode gastar.
5 – Crie metas para cada categoria de despesa
Organize os gastos por categorias e estipule metas e limites para cada uma delas. Como já citado, despesas essenciais, como moradia e alimentação, devem comprometer até 50% do orçamento total, enquanto que os itens não prioritários, como lazer, não podem ultrapassar 30%. Isso porque é recomendado deixar até 20% da renda para situações emergenciais, como doenças, reparos na casa ou no automóvel.
6 – Faça planejamentos mensais e anuais
É essencial que o controle das despesas seja feito com base na renda e nos gastos mensais. Entretanto, também é recomendável ter um planejamento anual que contemple outros pontos, como eventuais viagens, festas de aniversários, etc. Isso ajuda a antever custos futuros e auxilia a guardar dinheiro com antecedência para não comprometer seu orçamento.
7 – Tenha planos para o seu 13º salário
O 13º salário é um dinheiro extra que é sempre bem-vindo, mas mesmo ele precisa ter um destino adequado para não comprometer suas finanças pessoais. Caso não tenha cumprido a meta de montar uma reserva financeira, esse valor pode ser utilizado para este fim ou ainda para pagar eventuais dívidas contraídas ao longo do ano. Mas se conseguiu manter o planejamento de forma correta, ele pode ser utilizado para complementar atividades de lazer.
*Daniela Batista dos Santos é CFO da Acesso. Formada em Administração em Empresas na USP e com MBA pelo Insper, possui 20 anos de experiência na área financeira.