Vereadores pedem investigação sobre empréstimos de Gazzola
Eles destacam que são 15 autorizações de empréstimos dadas pelo Legislativo Municipal, perfazendo o valor de R$ 267.493.097,72
Os quatro vereadores da oposição de Itu (SP) apresentaram, nesta terça-feira (22), na Câmara, o pedido de instalação de uma Comissão Especial de Investigação (CEI), uma espécie de CPI, para apurar os empréstimos pedidos pelo prefeito Guilherme Gazzola. Ao todo, segundo os vereadores, são pelo menos 16 empréstimos solicitados pelo Executivo. Assinam o pedido os vereadores Eduardo Ortiz, Maria Piunti, Patricia da Aspa e Galvão. São necessárias cinco assinaturas para que o procedimento seja instalado, ou seja, um dos vereadores que apoiam o prefeito teria que assinar junto com a oposição.
A investigação tem como objetivo “apurar as aplicações dos recursos obtidos com todos os empréstimos realizados desde o ano de 2017, já citados acima, bem como ter acesso a todos os contratos firmados, a fim de obter informações quanto aos pagamentos, prazos, carências e taxas, além do Custo Efetivo Total de cada operação de crédito”.
Os vereadores afirmam que “não houve nenhum tipo de prestação de contas ou informação oficial por parte da administração municipal quanto à aplicação dos valores” e ainda dizem que “desde 2017 houve um aumento considerável na quantidade de empréstimos solicitados pela administração municipal, totalizando 15 autorizações de empréstimos dadas pelo Legislativo Municipal, perfazendo o valor de R$ 267.493.097,72”.
O pedido foi lido agora pouco na abertura da sessão e o presidente da Câmara, Mané da Saúde, pediu para que fosse protocolado. Foi distribuída uma cópia para cada vereador. O presidente da Casa informou que as assinaturas serão colhidas na próxima sessão.
Prefeito reclamou do caixa quando assumiu
Quando assumiu, Gazzola reclamou do caixa da prefeitura. “Esperávamos encontrar a casa em ordem. O mínimo que imaginávamos ao assumir a Prefeitura era que essas contas estivessem fechadas, mas o governo anterior optou por deixar essa herança para gente”, comentou o prefeito Guilherme Gazzola. “As dívidas com fornecedores e agora mais essa com os funcionários. O rombo passa de R$ 50 milhões. Esse é o cenário que encontramos para começar a governar”, explicou.
Para Guilherme, “a falta de transparência no trato do erário público é mais uma demonstração da forma em que a cidade vinha sendo governada nos últimos anos. Além dos R$ 40 milhões devidos aos fornecedores, foram deixados R$ 10 milhões para acertar com o funcionalismo. Ao todo, o rombo passa de R$ 50 milhões”, disse, em janeiro de 2017. Por outro lado, o prefeito disse na época que as dispensas de servidores comissionados e outras medidas de cortes de gastos iriam auxiliar na recuperação deste quadro.
foto: arquivo
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