Volta às aulas divide opinião de famílias
Nesta semana, as aulas retornaram no Ensino Municipal. As particulares fizeram uma agenda própria, algumas já retornaram e outras retornam na próxima semana, assim como o Ensino Estadual.
As mães estão divididas entre o medo de uma contaminação e o receio que mais alguns meses de ensino remoto pode causar nas crianças e adolescentes, afetados nesta pandemia pela ausência da vida social em comunidade e pelas práticas lúdicas presenciais.
A fisioterapeuta Tatiana Ferreira é mãe de três filhos: Victor, de 17 anos, e Giovanna e Lorenzo, de 6 anos. O mais velho está em um ano educacional decisivo: o último ano do Ensino Médio, e os gêmeos no 2 ano do Ensino Fundamental. Apesar da importância das aulas presenciais, ela e o marido são contra o retorno. “As escolas não estão preparadas para o retorno. Enquanto não tiver vacinação, eles não voltam. Mesmo as escolas que adotaram todas as medidas de segurança como uso de máscara, distanciamento, álcool, enfim, não estão imunes a pandemia e isso assusta. Apesar de ser um ano decisivo para o Victor, eu quero ele com saúde pra desfrutar a vida.”, explica.
Para Denise Katahira, apesar de ela confiar no corpo docente das escolas e do trabalho responsável que farão no combate ao Covid-19, ela optou por manter seus filhos realizando as tarefas escolares em casa. “Na reunião de pais foi explicado somo seria o retorno presencial, e achei que as escolas estão preparadas para receber os alunos, porém eu como mãe não sinto segurança, pelo menos, por enquanto, mesmo porque os meus filhos ficam com meus pais, que são idosos, para que eu possa trabalhar”, diz.
Ela reclama, porém, que foi falado em reunião que as crianças que não fossem para as aulas receberiam o material para estudarem em casa, mas que isso não aconteceu até agora. “Eles não tem estrutura para transmitirem as aulas ao vivo, e como a parceria como Anglo acabou, vai chegar um outro material, mas ninguém sabe quando. Parece que ainda vai ter licitação, então as crianças serão prejudicadas com isso”, lamenta.
Uma professora entrou em contato para dizer que já foi feita licitação, e que as apostilas da Positivo devem chegar em março, enquanto material de reforço para quem fica em casa deve ser enviado a partir da próxima segunda.
A administradora Natalia Faria Vergilio é mãe do Theo, de quatro anos, que está no ensino particular, teve que tomar uma decisão difícil ao enviar o pequeno para a sala de aula. “ Estamos quase um ano nessa situação em que estou em home office e meu filho em casa comigo, infelizmente diante das circunstâncias não conseguimos dar toda atenção que uma criança precisa. Isso deixava ele ansioso e eu também. Confio muito na escola e ele está muito feliz!”
A nutricionista Tabata Rodrigues Volpi é mãe do Raphael, de 10 anos, como a grande maioria das mães, sente medo mas irá enviá-lo para as aulas presenciais, que na escola dele retornam nesta segunda-feira, dia 8. “Eu tenho um pouco de medo, mas vou mandar ele para escola sim, tomando todos os cuidados, orientando ele sobre o uso da máscara, distanciamento e álcool em gel. Tenho medo porém, essas aulas online está sendo muito difícil não só para ele como para os amigos, não é fácil uma criança ficar das 13h50 às 17h30 em frente ao computador.”