Advogado orienta a como não cair no golpe do “nome limpo”

A oferta parece vantajosa: nas redes sociais é oferecida uma “PROMOÇÃO do serviço de REABILITAÇÃO DE CRÉDITO.” Assim mesmo, com letras maiúsculas para chamar a atenção. “Efetuando o pagamento no valor de R$150.00 à vista retiramos todas suas restrições e aumentamos o seu SCORE, assim em 24 horas já poderá realizar novos FINANCIAMENTOS, EMPRÉSTIMOS E COMPRAS em seu CPF / CNPJ”.

Para o discurso ser ainda mais cativante, a aparente possibilidade de um nome limpo está a um toque de dedos e tem prazo para acabar: “Aguardo seu retorno, envie a MSG com a palavra PROMOÇÃO  para que possamos enviar a conta atual para depósito somente até a próxima sexta.”

A “promoção” é um caso clássico de estelionato: oferece-se a vantagem, e depois aplica-se o golpe.  “Eu falei para a minha mulher não participar, mas ela queria muito ter o nome limpo novamente,  fez o depósito e ele sumiu”, diz o funcionário público Alencar Augusto Vieira, que nos procurou para esta reportagem, após o estelionatário ter aplicado o golpe em sua esposa há alguns meses e, recentemente, ter entrado novamente em contato com ele, com a mensagem descrita acima. “Ele é um safado, continua enganando as pessoas, eu quero saber como posso denunciar”.

O advogado Diego Peixoto, especialista em direito eletrônico, explica que o golpe é antigo, e com as redes sociais se tornou mais fácil encontrar as vítimas, que precisam denunciar.

“A vítima deve fazer boletim de ocorrência na delegacia informando o número do telefone do qual partiu a mensagens, e de preferência já levando cópias da conversa e do depósito/transferência. A dificuldade é a identificação do autor do crime apenas pelo número telefônico e desaparelhamento das delegacias. Mas já existem algumas delegacias especializadas em crimes virtuais” explica.

Outra medida é procurar um advogado e requerer judicialmente uma ordem para tentar identificar de onde partiu essa mensagem e, identificado o autor, requerer indenização.

Por isso a prevenção ainda é a melhor saída. “Deve-se desconfiar de qualquer vantagem oferecida por sms, emails ou sites na Internet, verificando o número de telefone de qual partiram, a URL do site (para evitar “Phishing” ou sites falsos imitando os oficiais de bancos e financeiras), assim como o titular da conta informada”, diz Peixoto.

(Imagem: Reprodução Internet)

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