Auxiliares e monitoras de creches municipais fazem protesto na Prefeitura
Segundo elas, prefeito não permitiu que elas se manifestassem e “apenas fez ameaças”
As auxiliares e monitoras de creches municipais de Itu cruzaram os braços nesta segunda-feira (07) como forma de protesto para que haja melhorias nas condições de trabalho.
E para tentar negociações e uma reunião com a Secretaria Municipal de Educação, algo que as servidoras já vêm tentando há alguns anos, as funcionárias públicas se reuniram em frente à Secretaria Municipal de Educação, na Prefeitura, carregando cartazes onde pedem valorização dos funcionários, melhores salários, melhores condições de trabalho, treinamento para cuidar de crianças especiais, além da mudança de nomenclatura da categoria. O Jornal de Itu acompanha as reinvindicações desde janeiro.
Um dos manifestantes disse que a desvalorização é muito grande. “A falta de funcionário e uma cobrança imensa, e não temos retorno nenhum. Recebemos salário mínimo e com os descontos recebo R$ 750”, disse. “Espero que hoje sejamos ouvidos porque já protocolamos vários documentos, mas sempre adiaram. Queremos uma resposta, porque na última pauta a resposta ficou muito vaga”, completa.
Outro servidor público disse que é revoltante as condições atuais de trabalho. “Nós não temos a quantidade de monitores para a quantidade de creche. Na creche que eu trabalhei havia somente dois monitores para quase 200 crianças”, lamenta. Ele ainda enfatiza que em nenhum momento a Secretaria de Educação falou em melhorias. “Não temos um plano de carreira e os benefícios que tínhamos, dado pelo ex-prefeito Lázaro Piunti, foi tirado de nós”. Cartazes com os dizeres “Chega de perseguição” e “Volta de funcionários afastados” também estavam entre as reinvindicações.
Prefeito
Em um vídeo que o Jornal de Itu recebeu, o Prefeito de Itu, Guilherme Gazzola, compareceu na manifestação e em tom de ameaça disse que todos os auxiliares e monitores foram identificados. Durante seu discurso, Gazzola virou as costas para os manifestantes sem ao menos dar oportunidade do uso da palavra. “Foi um monólogo, só ele falou, e para nos ameaçar”. Segundo elas, nem mesmo o Secretário Municipal de Educação, Plinio Bernardi Junior, que acompanhava a reunião, nada disse.
Já dentro do auditório do Paço Municipal, um dos servidores relatou ao Jornal de Itu que puderam participar somente aqueles que apresentassem o RG, o que gerou revolta nos manifestantes que disseram que “estão se sentindo ameaçados e perseguidos pelo chefe do Executivo”.
Em um áudio gravado pelas manifestantes e enviado ao Jornal de Itu, o prefeito disse que “não existe representação legal. Então para dar resposta, não existe nenhum tipo de negociação e não vai existir porque não negociamos com quem abandona criança”. Ele ainda disse que “a decisão está devidamente tomada, e a partir de amanhã tomem atitude que acharem necessária. O dia de hoje será considerado falta. Essa é a posição oficial da Prefeitura de Itu”.
Em momento algum, segundo uma servidora que estava presente no auditório, Gazzola deu oportunidade para que as auxiliares e monitoras pudessem falar sobre os reais problemas que enfrentam para que uma possível negociação pudesse ser feita.
Assista aqui a live que o repórter Rick Caetano fez para o Jornal de Itu, em frente ao local. Outros vídeos recebidos estão no nosso Instagram.
É uma vergonha para nossa Cidade! É uma tristeza para esses trabalhadores que se dedicam a cuidar dos filhos de quem precisa trabalhar, e tem que deixar seus filhos em um lugar assim. Como essas pessoas podem dar amor e dedicação a essas crianças, revoltados como é compreensível que estejam?
Alguém deveria intervir!
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