Dia da Amizade: “Marias” têm mais de 40 anos de amizade

Elas foram adolescentes no tempo em que o mundo ainda era analógico, e não havia se entregado ao digital.  Do tempo em que nem as coisas e nem os relacionamentos não eram descartáveis.

Não havia as lojinhas de importados baratos, para comprar e jogar fora. Não havia produtos feitos para durar pouco e logo se comprar outros. Não havia fotos digitais, facilmente clicáveis e facilmente deletadas.

Aliás, uma forma hoje em dia de perceberem relacionamentos que foram rompidos são as fotos digitais, facilmente descartadas. É fila que anda, também nas amizades.

Hoje, Dia da Amizade, entrevistamos três mulheres diferentes, fortes, autênticas, que somaram suas personalidades em uma forte laço: uma amizade que já dura 41 anos.

Se conheceram no bairro Vila Nova: Maria José de Oliveira Belucci, 64 anos, e Maria Aparecida Correia Ferreira, 63 anos,  moravam na Rua Almeida Júnior. “A casa da minha mãe era aonde é, atualmente, a Droga Raia”, conta Maria José.  Quando foram estudar no Regente Feijó, na quinta série do Ensino Fundamental, foram para a mesma classe que Maria Nanci Savioli. Estudaram até o fim do Ensino Médio juntas. E são mais de 40 anos de uma amizade que permanece.

Elas acompanharam, mutuamente, as paixões, os namoros, os bailinhos, os casamentos, o divórcio, as perdas de cada uma,  a batalha com os filhos pequenos, com os filhos adolescentes, com os filhos casados, com os netos… tudo compartilhado olho no olho, com uma cumplicidade que não está sempre presente, mas sempre está disponível.

Hoje, enquanto uma vai para academia, outra cuida dos netos e outra cuida da padaria da família. Em seus afazeres e cotidiano, o tempo é  apressado, mas o cuidado uma com as outras sempre existe. “Quando percebemos que uma não está bem, marcamos logo um encontro”, diz Nanci.

E por incrível que pareça, elas não tem um grupo de Whats app apenas com elas. “Não gostamos muito de conversa por aplicativo. Quando precisamos ligamos direto”.

Apesar de, no começo da amizade, não terem facilidades tecnológicas, elas sempre procuraram registrar seus encontros em um click. O resultado a gente vê abaixo: uma vida toda vivida lado a lado, na alegria e na tristeza, já que como o poeta disse, “a amizade é o amor que nunca morre”.

 

 

(Fotos: Arquivo Pessoal\ Texto: Rosana Bueno)

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