Dia dos Pais: eles acolhem, são parceiros e exemplos

Pai de seis

Miguel Ângelo Pedroso é um médico renomado em sua área: cirurgia laparoscópica. Mas o seu maior sucesso não está nas pesquisas e inovações médicas, e sim na sua grande conquista paterna: seis filhos.

A mais velha,  Mariana, de 22 anos, já segue seus passos profissionais, na Faculdade de Medicina. Depois, vem a escadinha: Bruna, 18, que estuda Engenharia, Alex, 17, Eduardo, 16, Camila, 13, Steffani, 12.  Os quatro mais novos são do coração. “Hoje em dia, não vejo diferença nenhuma. Adotar foi uma das melhores coisas que eu fiz na minha vida”.

“Eu e minha ex-mulher temos família grande, e queríamos para nós também. Nós frequentávamos a Casa de Belém, em Salto, para mostrar para as nossas filhas que a vida é outra coisa, não é vida de princesa. E lá encontramos esses quatro irmãos, senão eles iam se separar”. Ele recorda que no começo foi difícil, mas foi um exercício de cidadania ímpar. “As pessoas só mudam pelo amor. E quando eles chegaram, nós colocamos regras e todos seguem. Precisa ter organização. Como nós estamos separados, eu tenho a guarda compartilhada. Sempre entendi que minha presença era importante para eles. É uma troca muito boa…”

E finaliza: “Toda vez que eu achei que ia ajudar alguém, quem foi mais beneficiado foi eu. Eu achei que ia mudar muito a minha vida, mas ela ficou melhor. Sou um pai realizado e super recomendo a adoção”

Pai parceiro

O guarda municipal Nelson Batalha Junior, 41, é um grande exemplo de parceiro para o seu filho, o estudante e empresário William Wittckind Batalha, 18.

Os dois estudam juntos o mesmo curso superior, e estão no segundo semestre de Comércio Exterior, no Ceunsp.

“Eu estava no final do ensino médio, já trabalhava na área de comercio exterior, e tive a ideia chamar meu pai para estudarmos juntos e no futuro quem sabe trabalhar juntos, e desde então acredito que tem sido minha melhor escolha”, diz William.

O pai conta que resolveu voltar a estudar para incentivar o filho. “Desde o início, quando ficamos sabendo que estávamos na mesma sala de aula, ficamos feliz em saber. É muito bom pois estudamos juntos para as provas”.

Apesar de jovem, William diz que ter o pai ao lado em sala de aula não tem nada de negativo. “Por incrível que pareça não tem nada de ruim nisso, pois acredito que é melhor um pai do lado, do que amizades que só vão te levar para baixo. Agradeço todos os dias por ter um pai que me apoia tanto e acredita nos meus sonhos, espero um dia poder retribuir isso aos meus filhos.”

Pai empreendedor

Há 18 anos, Carlos Savioli estava prestes a completar 60 anos. Em vez de pensar em aposentadoria, ele pensava em inovação e saia de uma sociedade com os irmãos para criar sua empresa com um nicho específico de mercado: balcões refrigerados para residências, que atualmente são os conhecidos espaços gourmets. “No começo foi difícil, mas deu certo”, lembra ele, que é pai de Beatriz, 41, Alice, 40 e o caçula Carlos Rafael, 32.

Nesta mesma época do início da empresa do pai, seu filho caçula, Carlos Rafael, nem pensava em seguir os passos do pai, e focava na carreira de músico. O pai nunca se opôs as escolhas do filho, talvez por isso mesmo a escolha de assumir a parte comercial da empresa foi muito bem recebida. “Eu sou músico, sou apaixonado por música, mas esta questão familiar de dar seguimento ao legado do meu pai também é muito forte”, conta ele.

A irmã Beatriz Savioli também trabalha com o pai. “É uma honra para mim trabalhar com o meu pai e contribuir para levar adiante um trabalho que ele iniciou com tanto esforço e dedicação. Aprendi e aprendo muito, e passar tanto tempo com ele, no dia a dia, só reforça todos os valores que ele passou para mim e para os meus irmãos em casa, como honestidade, integridade, o valor das pessoas e do trabalho.”

“Eu tenho ótimos funcionários, nos quais confio muito, mas ter meus filhos ao meu lado me dá muita segurança. A diferença de idade faz com que um queira ir para um lado, outro para outro, mas a gente vai relevando. E eu vou tirando o pé e deixando com eles”, conta Carlos.

 

 

 

 

 

 

 

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