É alta a taxa de rotatividade de trabalhadores no comércio
A taxa de rotatividade do mercado de trabalho do comércio varejista de Itu atingiu 37,5% em 2017. Apesar de ser superior aos 36,7% registrados um ano antes, a movimentação de trabalhadores no setor segue ritmo de declínio desde o ápice anual em 2010, quando marcou 61,7%.
O levantamento é da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), elaborado com base nos dados do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O estudo foi apresentado nessa quinta-feira (3/5), durante reunião da Coordenadoria Sindical Sudeste, realizada no Sindicato do Comércio Varejista e Lojista de Itu e Região.
O estudo mostra que, em 2017, as lojas de vestuário, tecido e calçados registraram o maior turnover de mão de obra no varejo de Itu, de 57,2%. Em seguida, aparecem as farmácias e perfumarias, com rotatividade de 52,2%, seguidas pelas lojas de eletrodomésticos e eletrônicos, de 47,2%. Na contramão desse movimento, a menor movimentação de trabalhadores foi verificada nas concessionárias de veículos, de 24,9%.
De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, a taxa de rotatividade costuma acompanhar o desempenho da geração de vagas. Em momentos de baixa no mercado de trabalho, como o registrado em 2016 e 2017, as admissões ficam inferiores aos desligamentos, refletindo no recuo da rotatividade. A Federação ressalta que, altos índices de turnover prejudicam o quadro de empregos formais do País, já que impactam diretamente em custo, com recrutamento e seleção e gastos administrativos com admissões e desligamentos, por exemplo. Tal cenário, quando não relacionado às sazonalidades, corroem a produtividade econômica, reforçando a importância da modernização das relações trabalhistas, que simplifiquem e ampliem a segurança jurídica para empresários e trabalhadores.