Número de inadimplentes atinge a maior taxa desde 2012

A proporção de famílias paulistanas endividadas subiu pelo segundo mês consecutivo, ao passar de 51,2% em julho para 53,6% em agosto. Isso significa que 2,1 milhões de famílias da capital tinham algum tipo de dívida. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o endividamento ficou tecnicamente estável (53,4%). Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

A taxa de inadimplência, ou seja, a proporção de famílias que não conseguiram quitar suas dívidas até a data de vencimento, também registrou alta, passando de 19,6% em julho para os atuais 20,4%, o maior patamar desde maio de 2012 (21,5%). Atualmente, são 797 mil famílias nessa situação.

Segundo a Entidade, a diferença para 2012 é que, naquele período, a alta foi algo pontual e a inadimplência ficou pouco acima de 20% por dois meses, mas voltou logo a um patamar mais adequado. No caso atual, a inadimplência permanece acima dos 19% desde março deste ano.

Além disso, a parcela de famílias que já dizem que não conseguirão pagar as contas em atraso no próximo mês e, portanto, permanecerão inadimplentes, atingiu 9,6%, maior nível desde agosto de 2004. De acordo com o levantamento, 376 mil famílias estão nesta situação.

O cartão de crédito segue como o principal tipo de dívida, com 71,7%, pouco abaixo dos 73,2% do mês anterior. Na segunda posição, está o carnê com 14,2%, seguido de financiamento de casa com 12% e financiamento de carro com 11,7%.

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