Itu ocupa 32° lugar entre cidades mais pacíficas do Brasil
O Atlas da Violência 2018, produzido pelo Ipea – Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas , fez um levantamento das cidades com mais de 100 mil habitantes de todo o país. Foram 390 municípios analisados, com dados de 2016, que mostraram o número de mortes violentas a cada 100 mil habitantes.
O levantamento considera que Itu tinha 168.643 habitantes, e uma taxa de homicídio de 11,9%. No ranking, ela fica em 32 lugar. A primeira cidade no ranking é Brusque, em Santa Catarina, com índice de 4,8% e a pior é Queimados, no Rio de Janeiro, com 134,9%.
Os números foram analisados por pesquisadores do Ipea e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública com base nos dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde (SIM/MS) de 2016.
Dados de 2010, baseados no Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram levantados para pontuar outras características: em Educação, foi considerada a taxa de atendimento educacional à população. De 0 a 3 anos, o índice foi de 21,4 e de 15 a 17 anos, o índice foi de 81,7%.
O estudo também levou em consideração a pobreza. A renda per capita dos 20% mais pobres era de 320,00; havia 6,2% de crianças pobres no município e o número de crianças vulneráveis à pobreza era de 24,2%.
No quesito trabalho, a taxa de jovens desocupados entre 15 e 17 anos era 29,9% e entre 18 e 24 era de 11%.
Em habitação, o estudo mostrou que a porcentagem de pessoas em domicílios com abastecimento de água e esgotamento sanitário inadequados era de 0,2%.
Com relação a gravidez na adolescência, a porcentagem de mulheres de 10 a 17 anos que tiveram filhos era de 3,0%. O estudo ainda mostrou a vulnerabilidade juvenil: porcentagem de pessoas de 15 a 24 anos que não estudam nem trabalham e são vulneráveis à pobreza: 5,0%.
O retrato dos municípios brasileiros mostra que a taxa de desocupação juvenil foi substancialmente maior no grupo mais violento, assim como as condições habitacionais, a proporção de adolescentes grávidas e, ainda, a proporção de jovens que nem estudam, nem trabalham, e que são vulneráveis à pobreza.