Prefeitura confirma morte de homem por febre maculosa
A Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Itu confirmou ao Jornal de Itu que um homem morreu, no dia 28 de julho, vítima de febre maculosa.
“A vítima era um homem de 31 anos, residente no bairro Rancho Grande, e atuava como pintor de obras. Não há informações de deslocamento do paciente, o que leva à suspeita de que ele tenha contraído em Itu mesmo, mas o caso está em investigação”, informou a Vigilância Sanitária.
Outros dois casos suspeitos estão em acompanhamento ambulatorial e os pacientes estão ‘clinicamente bem’.
Questionamos se a Prefeitura poderia alertar a população sobre locais a serem evitados. “Em relação a lugar suspeito de contaminação, vale lembrar que Itu é uma área endêmica para febre maculosa.”
A Secretaria de Saúde recomenda que “as pessoas evitem o contato com carrapatos. Mas, se por acaso, estiverem numa área em que eles possam existir, é importante tomar algumas precauções como, por exemplo, examinar o corpo cuidadosamente a cada três horas pelo menos, porque o carrapato-estrela transmite a bactéria responsável pela febre maculosa só depois de pelo menos quatro horas grudado na pele; usar roupas claras porque facilitam enxergar melhor os carrapatos; colocar a barra das calças dentro das meias e calçar botas de cano mais alto nas áreas que possam ser infestadas por carrapatos.”
Estrada dos Romeiros
Um morador de Itupeva, que esteve passeando em Itu em julho, morreu vítima da febre maculosa, em Jundiai. A sua sobrinha também pegou a doença, mas foi internada em São Paulo e medicada corretamente a tempo. “Ela tomou o antibiótico correto no quinto dia. Se tivesse sido no sexto, teria sequelas”, conta o pai da criança de 6 anos, que ficou 21 dias internada, 17 na UTI. O professor, morador de Catanduva, diz que o irmão teve febre mas havia extraído um dente, e isso levou a uma dificuldade maior no diagnóstico correto. “Ele morreu no oitavo dia após os sintomas aparecerem. O plano de saúde diagnosticou pneumonia como causa da morte, nos pedimos uma nova autópsia e então deu febre maculosa. É uma doença fácil de ser confundida com outras, casos como esses devem acontecer com frequência”.
O professor conta que agora batalha por esclarecimentos. “Jundiaí contatou Itu, mas existe falta vontade dos órgãos de saúde pública para informarem a população. Eles dizem que não foram oficialmente informados pela Vigilância Sanitária do Estado, mas eles sabem do caso”.
Ele passeou com a esposa, irmão e filha na região da Estrada dos Romeiros, onde parou em dois pontos para fotos, e também esteve em uma fazenda turística. “Nós só queremos prevenir outras fatalidades, não queremos nada além disso”.
Entramos em contato com o responsável pelo local que informou: “infelizmente envolveram o nome da fazenda numa suposição de que poderia ser lá, mas nós tomamos todos os cuidados. Às margens da estrada existem diversas capivaras. Não posso falar mais nada a respeito pois já estamos tomando as medidas legais em relação ao caso.”
Para a nossa reportagem, a Prefeitura afirmou que “não houve nenhuma notificação oficial neste sentido.”
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