Vem comigo, caminhar por Itu…
Querido leitor/turismo, Sou Marques Araújo, Guia de Turismo Desbravador, escritor e gosto dos atrativos turísticos de nossa querida Itu, mas um em particular que me chama a atenção é a Igreja do Patrocínio, localizada a 2 quadras à direita e acima da Igreja do Carmo na Praça da Independência, foi idealizada por Padre Jesuíno do Monte Carmelo, m homem com multi-dons e talentos, pois era arquiteto, operário, artista e devoto de Nossa Senhora do Patrocínio. A Igreja foi inaugurada em 1819, quando o seu construtor, o padre Jesuíno já havia falecido. Quarenta anos depois de sua morte, chegou a Itu, Madre Maria Theodora Voiron para abrir o colégio que funcionou junto à igreja e que foi referência na formação de mulheres em São Paulo. Foi a primeira escola Normal e primeira faculdade de Itu e região e ficou famosa desde então. A edificação possui arte e decoração em estilo eclético e neoclássico. Apesar de ter traços de barroco e neoclássico, a Igreja do Patrocínio não pode ser classificada em nenhum desses estilos, e é considerada uma das mais originais do Brasil. Além de uma bela construção, que foi remodelada em 1896 – Madre Theodora fez alterações na fachada e interior da igreja, representando um francesismo – guarda dois conjuntos de telas a óleo do tempo dos fundadores do templo, que estão guardados nos corredores laterais, obras estas tombadas como patrimônio nacional pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Um dos seus principais destaques fica dentro de suas dependências, uma secular e gigantesca mangueira, que é o centro de um pátio francês que serviu de recreio ao internato, outro espaço notável da construção.
Maria Theodora Voiron nasceu em Chambery, na França, e iniciou sua vida religiosa na comunidade das Irmãs de São José. Foi uma das primeiras religiosas a serem enviadas para o Brasil, com apenas 23 anos, e tinha como missão educar meninas e jovens de Itu. Querendo quebrar as barreiras da época e não entendendo a escravidão no país, abriu uma escola gratuita, no próprio Patrocínio, para as meninas negras e também cuidou da formação religiosa das escravas adultas.
Durante 62 anos, esteve à frente das obras das Irmãs de São José no Brasil e abraçou numerosas obras de caridade como orfanatos, asilos, hospitais, leprosários e escolas para meninas pobres. Aos 85 anos, teve o fêmur fraturado em consequência de uma queda que a colocou em uma cadeira de rodas, mas, mesmo assim, não deixou de participar dos atos religiosos de seu cotidiano. Faleceu em 17 de julho de 1925 com 90 anos e atualmente encontra-se em processo de beatificação. Seus restos mortais encontram-se sepultados no interior da Igreja do Patrocínio, onde é visitado por milhares de pessoas anualmente e cujo processo de beatificação foi aberto pelo Vaticano.
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Vem comigo… Este é o oitavo texto desta série. Para ler os anteriores, clique aqui.
Marques Araújo, Guia de Turismo e escritor