Violência doméstica: um pesadelo para muitas mulheres

Uma ocorrência de violência doméstica registrada neste sábado (11), em Itu, se tornou notícia nacional neste domingo.

A apresentadora Ana Hickmann, que mora em Itu, chamou a polícia militar e registrou boletim de ocorrência contra seu marido, após, durante uma discussão, ele ter prensado seu braço em uma porta.

Rica, linda e famosa, ela trouxe à tona uma situação que, os seguidores que a acompanha, acreditam que seria recorrente. Fizeram até um levantamento de vídeos em que ela aparece dizendo que sofreu acidentes domésticos. Para seus fãs, isto seria um sinal, já que muitas mulheres, quando são agredidas, dizem que foi acidente, para isentar os maridos.

No cotidiano, para muitas mulheres, os finais de semana não são de lazer e descanso, mas de brigas e agressões.  São atitudes corriqueiras, registradas na Delegacia da Mulher, em Itu: homens que bebem ou usam drogas e são agressivos com suas namoradas ou esposas, homens que descumprem medidas protetivas e procuram a ex, entre outros.

Sobre esta dura realidade, entrevistamos, há cerca de 15 dias, a responsável pela Delegacia da Mulher, em Itu, delegada Ana Maria Gonçales Sola. Ela nos contou da rotina de registros de violência contra as mulheres.

“Esses homens têm ficado preso após a audiência de custódia, e acho que isso fica de alerta”, destaca a delegada. E diz que a maioria dos casos envolve drogas e álcool. “Dificilmente, as agressões são com os homens sóbrios”.

A delegada destaca que após pedir a medida protetiva, a mulher não pode mais entrar em contato com o ex-companheiro. “Vale para os dois lados. Se ela receber ele em casa ou entrar em contato com ele, não vale mais”.

Mas no caso de mulheres que realmente querem o afastamento, ela destaca que a lei tem sido rígida. “Se o homem já está ciente da medida protetiva e se aproxima da mulher, vai preso e o que temos acompanhado é que eles não têm saído na audiência de custódia, estão ficando presos mesmo”.

“Muitas mulheres não veem que o príncipe virou sapo, tem a dependência emocional ou financeira. Mas o número de mulheres que enfrentam a situação e se libertam, tem sido cada vez maior”, finaliza Ana.

2 thoughts on “Violência doméstica: um pesadelo para muitas mulheres

  • 13 de novembro de 2023 em 17:25
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    Parabéns Dra. Ana Maria, por defender as mulheres contra homens que as agridem, espero que a justiça cumpra as leis, e coloquem os facínoras no seu devido lugar.

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