Em dez dias, Itu registrou quase 200 casos de dengue
Em apenas dez dias, Itu confirmou mais 193 casos de dengue. No dia 17 de fevereiro, a cidade registrava 370 casos, agora o total é 563.
Apenas no bairro Cidade Nova, já são 166 casos, seguido do Jardim Novo Mundo, com 24. Na região central, o bairro São Luiz é a região com mais casos, somando 27 doentes.
Lembrando que os principais sintomas da dengue são: febre alta, dor atrás dos olhos, dor no corpo, manchas avermelhadas na pele, coceira, náuseas e dores musculares e articulares.
Medicamentos
É importante lembrar que quem está com sintomas da dengue deve evitar alguns medicamentos, que podem agravar a doença e levar a sangramentos. A situação se agrava com a ingestão de medicamentos com ácido acetilsalicílico (aspirina, por exemplo), anti-inflamatórios não hormonais ou corticoides.
A dengue é impossível de ser combatida se cada um não fizer a sua parte, já que a grande maioria dos criadouros dos mosquitos está dentro das residências.
Para eliminar criadouros do mosquito é preciso remover recipientes com água parada, manter os recipientes de água fechados, como caixas-d’água, limpar calhas e ralos, utilizar larvicidas alternativos, como sal de cozinha e água sanitária, e se possível instalar telas em portas e janelas.
(Com informações https://itu.sp.gov.br/boletim-epidemiologico/ e https://www.dengue100duvidas.sp.gov.br)
(Foto: Agência Brasil)
A dengue está se tornando um problema cada vez mais sério na cidade, e a falta de fiscalização e ação efetiva para combater o mosquito transmissor é preocupante. Um dos principais motivos para o aumento dos casos é a dificuldade da prefeitura em acessar todas as residências para inspeções e orientações adequadas. Infelizmente, muitas casas têm pessoas que não permitem a entrada de agentes de saúde, o que dificulta o combate ao mosquito, que se reproduz em locais simples, como caixas d’água mal vedadas e acúmulo de lixo.
A situação se agrava quando há a falta de fiscalização rigorosa. Muitas casas não recebem visitação há mais de 20 anos, e isso contribui diretamente para a propagação do mosquito da dengue. A negligência, tanto por parte da população quanto dos órgãos responsáveis, acaba gerando um ciclo perigoso, onde as pessoas acabam adoecendo e, em casos extremos, morrendo devido à falta de controle adequado.
Deveria ser obrigatório que os agentes de saúde tivessem acesso a todas as casas para garantir que as medidas preventivas sejam tomadas de forma eficaz. O combate à dengue não pode ser apenas uma responsabilidade individual; é uma questão de saúde pública, e o poder público precisa agir com mais rigor, conscientizando e, quando necessário, tomando medidas mais incisivas. O judiciário também tem seu papel, já que garantir o direito à saúde deve ser uma prioridade, e isso inclui permitir as inspeções necessárias para combater doenças como a dengue.
Essa situação não pode continuar, pois vidas estão em risco, e a responsabilidade é de todos – governo, sociedade e sistema judiciário.