Ex-funcionárias da Nutriplus, após mais de um mês de demissão, continuam sem receber

Ex-funcionárias da Nutriplus, empresa que presta serviços para a Prefeitura de Itu na área de merenda escolar, procuraram a nossa reportagem para reclamarem sobre falta de pagamentos de verbas rescisórias por parte da empresa.

“Assim que entrou o recesso, em 15 de março, nós fomos demitidas. Ficaram apenas algumas que trabalham de forma intermitente. O Sindicato fala que a empresa propõe acordo, mas sabemos de ex-funcionárias que fizeram acordo só receberam a primeira parcela”, lamenta a ex-funcionária.

Ela diz que antes das demissões, houve também atraso nos pagamentos e descontos que elas consideraram abusivos. “Tem funcionárias intermitentes que estão trabalhando e não estão recebendo.”

O Sindicato dos Trabalhadores em Refeições Coletivas, Refeições Convênio, Cestas Básicas, Cozinhas Industriais e Restaurantes Industriais de Jundiaí e região, Sindcorj, afirmou que “a informação procede, algumas estão sem salário desde fevereiro. Só em Itu foram 90 cozinheiras escolares (merendeiras) dispensadas, desde o final do ano passado. Estamos fazendo o possível para tentar minimizar esta situação. Solicitamos à empresa a liberação das guias referente ao  FGTS  e seguro desemprego, mas em alguns casos a empresa não depositou o Fundo desde 2018. Já fizemos a denúncia junto ao Ministério Público do Trabalho mas ainda não tivemos retorno”.

Tentamos contato com a empresa por telefone e e-mail, mas não tivemos retorno. Para a Rádio Convenção, a empresa informou que “reconhece o atraso, porém, importante frisar, que todos os esforços estão sendo aplicados para a resolução da situação. Neste mês de fevereiro completaram-se 12 meses (um ano) da paralização total nos serviços de alimentação escolar e, com isso, não houve faturamento desde então. A compensação bancária para pagamento dos salários dos colaboradores de Itu foi realizada na data de ontem (terça-feira – 23/02/2021) e os valores estão sendo transferidos às contas de cada um deles gradativamente, de acordo com processo de cada banco e até amanhã (sexta-feira – 25/02/2021) todas essas compensações estarão disponíveis aos colaboradores.”

Cartel

O portal Uol divulgou nesta quinta-feira, que “o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) condenou sete empresas e sete pessoas físicas a pagaram R$ 340,8 milhões pelo chamado “Cartel da merenda” de São Paulo. De acordo com as investigações, as empresas combinavam preços e propostas em licitações de municípios do Estado para contratação de serviços terceirizados de fornecimento de merenda escolar.

Entre as empresas condenadas, a Nutriplus deverá pagar o segundo maior valor: R$ 70 milhões. Além das multas, as empresas também ficam proibidas de participar de licitações federais, estaduais e municipais por cinco anos.

(Foto: Seduc/AM/Agência Brasil)

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