Policial ituana vence ultra maratona de 235 quilômetros

A policial Darly Ana Mariano, 35 anos, começou a correr para fazer a prova da Polícia Militar, em 2014. Não havia nenhuma pretensão de ser atleta, mas ela começou a participar de algumas corridas de rua por gostar do clima.

Durante a pandemia, entrou para o grupo Corrida para Todos, em Itu. No ano seguinte, ao completar 33 anos, ela decidiu que iria correr 33km. “Corri junto com o Fernando Vitarelli, que é um grande incentivador nosso”, ressalta.

Além disso, outro grande incentivo foi o companheirismo do namorado Osires Imenes, 47 anos. “Ele também é policial, e nossa primeira conversa foi sobre corrida”, conta.

A paixão em comum foi crescendo cada vez mais, a ponto de surgir a vontade de participar de uma maratona, e depois de uma ultramaratona, o que aconteceu em novembro de 2021, quando o casal conquistou o segundo e terceiro lugar das respectivas categorias (feminino e masculino).

No ano passado, em julho, eles participaram da Ultra Maratona UAI (Ultra dos Anjos Internacionais), em Passa Quatro, em Minas Gerais. “Nós nos machucamos no meio da corrida e não conseguimos concluir”, lembra.

Neste ano, já recuperados da lesão, o casal disputou novamente, no final de semana passado. Osíres conquistou o segundo lugar e fez todo o percurso de 235 quilômetros em 39h35m.

Darly foi campeã percorrendo todo o trajeto em 47h43m – o limite é 60h. Ela conta que em quase dois dias ela deitou-se apenas 15 minutos, mas não conseguiu dormir.

Parada apenas em alguns pontos para troca de roupa, tomar água, isotônico, sopa. Salgadinhos, coca-cola e bala de goma também estão no cardápio.

O casal, assim como os demais participantes, atravessou diversos desafios, como as baixas temperaturas e uma inimaginável resistência física. Ao concluir a prova com êxito, ela diz que se lembrou dos filhos e dos pais. “Fui criada com tanto amor, queria dar este orgulho para eles, e ser esse exemplo para meus filhos, mostrar para eles que nada é impossível”.

O namorado a aguardava na chegada. No abraço dos dois, horas de treino e renúncia. “Eu não gosto de acordar cedo, e no domingo ele que me incentiva a sair da cama e ir treinar.  Corremos todos os dias, menos aos sábados, mas é um dia em que dormimos cedo para o outro dia. Não é fácil, mas estou muito feliz”.

E ressalta o apoio de outra família, além da de sangue. “O Grupo Corrida para Todos é nosso grande apoio, nossa maior torcida, para onde sempre queremos voltar, nossa família”.

(Fotos: Arquivo Pessoal)

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