Porco-espinho, gambá: o cuidado de moradores de condomínio em Itu à fauna local

O Condomínio Santa Inês fica na zona rural de Itu, ao lado do bairro Potiguara. Ali, em meio à natureza, as chácaras de 1.000m a 3.000m²  são espaços perfeitos para pets, como cães e gatos.

Mas os moradores locais costumam ter respeito e proximidade com outros tipos de animais, mais peculiares.

“Esse meliante veio comer antes de cair na noitada”, brinca Antonio Georges Eleftheriou, mostrando um porco-espinho que saboreia um pedaço de banana diretamente de suas mãos, Veja vídeo aqui.

Em outro registro feito por ele, o bichinho come abacate. Os alimentos são colocados em lugares altos, para evitar que cachorros os ataquem.

Gambás e aves

Outra espécie que tem atenção especial é o gambá, ou saruê. A bióloga Lilian Carminitti se divide entre Paulínia e a chácara do pai. Lá, ela tem um abrigo especial para filhotes resgatados.

“Sou uma das resgatistas do Brasil: muitas vezes uma gambá acaba sendo morta e os filhotes ficam em sua bolsa. Nós cuidamos deles, alimentamos, ajudamos na reabilitação e na reintegração à natureza e os soltamos na mata”, conta.

“São animais extremamente importantes, não transmitem doenças e comem cobras, escorpiões”.

Ela trabalha na conscientização dos cuidados e preservação dos bichinhos, com distribuição de folhetos explicativos. Para ter mais informações: https://www.instagram.com/projetomarsupiais/

Outra bióloga apaixonada pela fauna local é Giulia B. D’Angelo, mas o grupo escolhido por ela é bem menos polêmico: os pássaros. Mestre e doutora em biologia animal, trabalha com história natural de aves silvestres e observação de natureza.

Moradora do Santa Inês há um ano, já registrou 69 espécies de aves, incluindo as migratórias que ficam no local por alguns meses durante o deslocamento ou período reprodutivo.

“Exemplos dessas viajantes são: tesourinha, bentevizinho, bem-te-vi-rajado, sovi, pomba fogo-apagou. Muitas são aves diurnas, mas tem várias noturnas também, como: curiango, bacurau-chintã, bacurau-tesoura, urutau, corujinha-da-mata”, conta Giulia.

Para saber mais sobre o trabalho dela: https://www.instagram.com/giuliapassarinha/

No alimento, no resgate, na observação, o respeito e amor dos humanos aos animais faz a diferença, não só na preservação do meio ambiente, mas na manutenção de uma sociedade menos predatória.

(Fotos: Arquivo Pessoal Texto: Rosana Bueno)

8 thoughts on “Porco-espinho, gambá: o cuidado de moradores de condomínio em Itu à fauna local

  • 26 de agosto de 2023 em 21:16
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    Olá
    Onde se consegue esse folheto/folder explicativo sobre os gambas e outros animais? Ou ele até poderia ser distribuído em casas e condomínios mais próximos ou na zona rural!!!

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  • 26 de agosto de 2023 em 21:27
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    Enquanto isso no vila Rica a fauna aparece morta pq as pessoas estão dando veneno para os animais

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  • 27 de agosto de 2023 em 08:49
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    Parabéns a todos pela conscientização e sensibilização com a fauna local. É exatamente isso que nosso planeta precisa: agir do micro para macro!

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  • 27 de agosto de 2023 em 11:34
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    Gostaria de saber o que fazer para espantar estes bichos pois eles adoram ficar no forro da minha chácara.obrigada

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  • 27 de agosto de 2023 em 11:57
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    Sou um desses defensores da fauna e tudo que tem vida , aqui em casa ,com um pé de pitanga e um de jaboticaba ,eu tenho o prazer de cuidar também com milho triturado, de várias espécies .

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  • 27 de agosto de 2023 em 13:14
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    Parabéns ao pessoal desse condomínio pelo respeito a flora e a fauna. Os animais fazem parte da vida na terra e precisam ser cuidados e preservados.

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  • 28 de agosto de 2023 em 07:44
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    Prendam os moradores do Vila Rica.
    Chamem a polícia, tragam os jornais, mobilizem a população.

    Eles judiam da fauna.

    SOCORRO!!!

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  • 31 de dezembro de 2023 em 10:28
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    Ela não deve ter galinha, contorna, patos, angola em casa né?! Porque aí não fala que esses saruês abençoados comem ovo que está quase pra nascer o pintinho, come pintinho no ninho, mata a galinha mãe no ninho, come passarinhos no ninho, come pombinhas a noite nas árvores. Péssimo pra quem tem criação. Eu morava no Santa Inês e isso lá era uma praga entrando em forro, mijando no forro, cagando no forro, comendo ração de cachorro e gato, furando saco de milho, revirando lixo. Não acho certo matar mas eu colocava armadilha e soltava tudo longe. Saruês são uma praga.

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